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Expansão das Democracias
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Após a Segunda Guerra Mundial os países ocidentais que sofreram derrotas na guerra foram obrigados a substituir os regimes autoritários ou ditatoriais por uma democracia. Em 1946 era abolida a monarquia em Itália, por referendo, e instalada a república, que foi igualmente instaurada em França (no mesmo ano, tendo-se elaborado a Constituição da IV República Francesa) e na Alemanha (em 1949). De igual forma, procedeu-se à descolonização por parte da maioria dos países, como o Reino Unido, a França e Portugal (estes tardiamente e com bastantes resistências). De facto, depois da guerra em que as democracias ocidentais venceram os regimes totalitários, assistiu-se a uma difusão da democracia pluralista. Esta não foi aplicada em Portugal devido à importância que desempenhavam as colónias no poderio português, e era necessário conceder a independência às mesmas para cumprir os requisitos do regime democrático pluralista. Em 1949 António de Oliveira Salazar conseguia que a NATO compreendesse as razões da manutenção do Ultramar e do regime do Estado Novo enquanto tal, após árduos esforços, e Portugal integrou a organização em 1949. O mesmo se passou em Espanha, em que o regime de Franco, que tal como o de Salazar não interferiu no conflito mundial, permaneceu (em Portugal até 1974 e em Espanha até ao seguinte ano). A progressiva descolonização fez com que a Grã-Bretanha libertasse o Paquistão e a Índia em 1947, enquanto que a França se debateu em guerras coloniais na Argélia e na Indochina durante ainda alguns anos. A eliminação progressiva destas colónias restringiu o poder da Europa Ocidental. Depois da "desnazificação" foram finalmente permitidas as atividades dos socialistas, dos liberais e dos cristãos-democratas, assim como dos comunistas, e em 1949 a Alemanha federou-se em 10 estados ou länder, formando a RFA ou República Federal Alemã. Com o advento de um Estado parlamentar e democrático, tomaram-se medidas como a proibição de atividade dos partidos Comunista e Nazi para que este se mantivesse sem perigo. Contudo, dava-se a circunstância de a democracia de uns países ser mais firme (caso dos países nórdicos) que a de outros, como a da Grécia, de França ou da Itália, em que se vivia na ameaça de golpes de Estado empreendidos por grupos armados. Tal foi o caso do golpe dos coronéis gregos em 1967, que submeteram o país a uma ditadura militar.
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Porto Editora – Expansão das Democracias na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-19 19:28:49]. Disponível em
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