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facto social
Émile Durkheim, que impôs a noção de facto social, atribuiu-lhe, como critério de identificação, duas características fundamentais - a exterioridade e a coação. Deste modo, Durkheim, em As regras do método sociológico, caracteriza os factos sociais nestes termos: "consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo (existem fora das consciências individuais) e dotadas de um poder coercivo em virtude do qual se lhe impõem".
O facto social é geral no âmbito de uma dada sociedade e, sendo exterior ao indivíduo, tem uma existência própria (existe independentemente das manifestações individuais que toma ao difundir-se), impondo-se como modelo de ação e de valores nos quais as pessoas são educadas. Daí o poder de coerção externa que exerce sobre os indivíduos. "E a presença desse poder reconhece-se, por sua vez, pela existência de uma sanção determinada ou pela resistência que o facto opõe a qualquer iniciativa individual que tende a violá-lo".
Poderemos ainda dizer que o facto social é a interação dos homens através do tempo e num espaço próprio. Cada facto social concreto deve ser referido a um ambiente social particular e a um tipo definido de sociedade, pois um dado facto social ocorre num determinado espaço físico e num determinado tempo (época ou data específica). Só é possível compreender os factos sociais se os virmos nas suas relações recíprocas e no seu ambiente coletivo, onde se desenvolvem e de que são expressão.
O espaço e o tempo conferem aos factos sociais características por vezes únicas, outras vezes semelhantes, a outros factos noutros locais ou épocas. O facto designa, então, um acontecimento concreto no tempo e no espaço. Ao dizermos que um homem se suicidou esta manhã no seu apartamento, estamos a referir-nos a um facto social concreto.
Para Durkheim, é impossível analisar um facto social sem se observar a totalidade do seu desenvolvimento na sociedade. Por exemplo, o fenómeno do suicídio refere-se a um conjunto de vários suicídios, traduzindo-se cada um num facto social isolado. Socialmente, só faz sentido analisar o fenómeno no seu conjunto. Para ele, a Sociologia deveria estudar as sociedades globalmente e fazer análise comparativa dos diversos tipos de sociedade.
O facto social é geral no âmbito de uma dada sociedade e, sendo exterior ao indivíduo, tem uma existência própria (existe independentemente das manifestações individuais que toma ao difundir-se), impondo-se como modelo de ação e de valores nos quais as pessoas são educadas. Daí o poder de coerção externa que exerce sobre os indivíduos. "E a presença desse poder reconhece-se, por sua vez, pela existência de uma sanção determinada ou pela resistência que o facto opõe a qualquer iniciativa individual que tende a violá-lo".
Poderemos ainda dizer que o facto social é a interação dos homens através do tempo e num espaço próprio. Cada facto social concreto deve ser referido a um ambiente social particular e a um tipo definido de sociedade, pois um dado facto social ocorre num determinado espaço físico e num determinado tempo (época ou data específica). Só é possível compreender os factos sociais se os virmos nas suas relações recíprocas e no seu ambiente coletivo, onde se desenvolvem e de que são expressão.
O espaço e o tempo conferem aos factos sociais características por vezes únicas, outras vezes semelhantes, a outros factos noutros locais ou épocas. O facto designa, então, um acontecimento concreto no tempo e no espaço. Ao dizermos que um homem se suicidou esta manhã no seu apartamento, estamos a referir-nos a um facto social concreto.
Para Durkheim, é impossível analisar um facto social sem se observar a totalidade do seu desenvolvimento na sociedade. Por exemplo, o fenómeno do suicídio refere-se a um conjunto de vários suicídios, traduzindo-se cada um num facto social isolado. Socialmente, só faz sentido analisar o fenómeno no seu conjunto. Para ele, a Sociologia deveria estudar as sociedades globalmente e fazer análise comparativa dos diversos tipos de sociedade.
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Como referenciar
Porto Editora – facto social na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 07:42:34]. Disponível em
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