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fatores de meteorização
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Todo o mecanismo erosivo tem uma primeira fase, a meteorização, na qual os agentes meteóricos atuam sobre as rochas. A fase de meteorização pode ser definida como a decomposição e desagregação das rochas e minerais da superfície terrestre por processos mecânicos e químicos.

Um dos factores de meteorização mecânica é a insolação, em que as grandes e bruscas diferenças existentes entre a temperatura diurna e noturna nos países desérticos obrigam também bruscamente as rochas a contraírem-se e a dilatarem-se. A repetição do fenómeno acaba por "fatigar" a matéria constituinte da rocha, a qual começa a partir e a fender-se. Este processo intensifica-se se a rocha é conjuntamente constituída por minerais claros e escuros que apresentam coeficientes de dilatação diferentes (os minerais escuros dilatam-se e contraem-se mais que os minerais claros). Por este facto produzem-se campos de forças heterogéneos no interior da rocha.

O efeito do gelo na rocha é visível pelo alargamento das fendas existentes e pela formação de blocos
Meteorização mecânica: esquema que mostra o efeito de cunha exercido pelo gelo
Alteração devida à meteorização: estátuas corroídas
A ação do gelo é outro fator de meteorização mecânica. Ao congelar, a água aumenta de volume, desenvolvendo enormes pressões se o espaço não for suficiente para se expandir. Nos países frios, a água que preenche, durante o dia, as fendas das rochas, ao congelar durante a noite desintegra-as violentamente.
Os factores de meteorização química manifestam-se através de processos de oxidação, carbonatação, hidratação e hidrólise.
O oxigénio do ar combina-se com alguns minerais oxidando-os. Estes podem tornar-se pulverulentos e desagregarem-se. Nos processos de carbonatação, o dióxido de carbono atmosférico, dissolvido no vapor de água, atua como ácido carbónico e transforma os carbonatos em hidrogenocarbonatos solúveis.
O agente fundamental da meteorização química é a água. A hidratação consiste na intromissão de moléculas de água na rede espacial de um mineral, provocando um aumento de volume. É o caso da anidrite (CaSO4), que se transforma em gesso (CaSO4 2H2O).

A água pode decompor muitos minerais, com rutura das suas moléculas em H e OH, fenómeno que se denomina hidrólise. Nestas reações podem formar-se novos minerais solúveis, que são eliminados pela água da chuva, e outros insolúveis e pulverulentos, designados genericamente por argilas.
As reações de meteorização química são ativadas com a presença de água e com o aumento de temperatura. Este tipo de meteorização tem o seu grau máximo nos países quentes e húmidos, e, sobretudo, se atua sobre rochas de génese profunda cujos minerais são mais instáveis à superfície. A meteorização mecânica predomina nos climas extremos, como nas altas montanhas e nos desertos, tanto frios como quentes.
Nas latitudes médias ocorrem com idêntica intensidade os dois tipos de meteorização.
A meteorização mecânica, ao desintegrar as rochas, torna a superfície de exposição mais extensa, permitindo um aumento da meteorização química.

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Como referenciar
Porto Editora – fatores de meteorização na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-19 15:14:59]. Disponível em