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Fatum
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O termo "fatum" (em latim) significa destino. Entre os antigos gregos, a "moira" e entre os romanos o "fatum", fado ou destino, surgia como ameaça implacável e determinava a falta cometida por alguém e o caminho da sua punição.
Nascido da Noite e do Caos, o Destino estava acima das divindades, submetendo-as ao seu poder. Cego e inexorável, dominava os céus, a terra, o mar e os infernos. Na filosofia estoica, o "Fatum" (Destino implacável) aparece, também, acima de todos os deuses e de todos os homens. O "Fatum" ditava as leis do Universo a que nada nem ninguém podia fugir. Cabia aos oráculos decifrar e revelar o que estava escrito no livro do Destino desde o princípio da criação.
Ricardo Reis, o heterónimo de Fernando Pessoa, como epicurista e estoico, aceita o Fatum, de olhos atentos e, com calma e lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas. Considera que os deuses lhes estão acima por uma questão de grau, mas que acima dos deuses, no sistema pagão, se encontra o Fado, que tudo submete, "Como acima dos deuses o Destino / É calmo e inexorável, / Acima de nós-mesmos construamos / Um fado voluntário".
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Como referenciar
Porto Editora – Fatum na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-19 11:07:46]. Disponível em