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Fauno
Fauno (ou Faunus, do latim) parece ter sido um deus romano muito antigo, cujo culto estava localizado no Palatino ou nas suas proximidades. Pelo nome que tinha (formado a partir do mesmo étimo do verbo faueo: "favorecer"), era um deus "favorável", protetor, em particular, dos rebanhos e dos pastores, o que permitiu a sua identificação, por influência helénica, com o deus Pã. Possuía dons de profecia; os Romanos acreditavam que a sua voz se fez ouvir na floresta da Arsia na noite que se seguiu à batalha contra os Etruscos; segundo ela, os Etruscos tinham perdido um homem a mais do que os Romanos. Isto terá feito os Romanos pensar que tinham ganho a batalha e, na noite seguinte, estimulados, eles atacaram de novo e conseguiram derrotar o inimigo.
O nome Fauno associou-se frequentemente ao do rei Evandro, um Arcádio que se estabeleceu no local onde se localizará mais tarde a futura Roma, antes da chegada de Eneias e dos Troianos, antes por isso da fundação da cidade por Rómulo. Aliás, foi mesmo identificado com ele. Evandro (o Homem Bom, em grego) era um nome que podia passar por uma tradução do seu e permitir, desta forma, a introdução e fixação das lendas da imigração dos Arcádios para o Palatino, como é o caso da lenda do deus arcádio Pã.
É, por vezes, considerado filho de Circe e de Júpiter. Segundo outras versões, era neto de Saturno e filho, e portanto sucessor, do rei Pico. Ou ainda um mortal, descendente de Marte, que reinava sobre as margens do rio Tibre e que acolheu o arcádio Evandro aquando da sua chegada a Itália, a quem deu uma terra localizada no mesmo sítio da futura Roma. Segundo a lenda, Fauno casou com uma ninfa de quem teve um filho, Latino, rei dos Latinos na época do desembarque de Eneias; aliás, este casou, mais tarde, com Lavínia, filha de Latino.
Fauno passou ainda por ser o esposo ou pai de Bona Dea, conhecida também com o nome de Fauna.
Contudo, a personalidade divina de Fauno persistiu de forma curiosa dado que se terá "fragmentado" numa multiplicidade de pequenos deuses portadores do mesmo nome: os Faunos (fauni, do latim) eram, na época clássica, os génios dos campos e das florestas, companheiros dos pastores e os equivalentes dos sátiros na mitologia grega. Tal como estes, a sua natureza era dupla: eram meio-homens, meio-bodes, tinham cornos e muitas vezes cascos.
Na sua origem, o culto de Fauno estava ligado à procissão dos Lupercos, durante a qual jovens corriam seminus, vestidos apenas com uma pele de cabra, flagelando as mulheres que encontravam com correias de couro, pois se considerava que esta flagelação concedia fecundidade às vítimas.
O nome Fauno associou-se frequentemente ao do rei Evandro, um Arcádio que se estabeleceu no local onde se localizará mais tarde a futura Roma, antes da chegada de Eneias e dos Troianos, antes por isso da fundação da cidade por Rómulo. Aliás, foi mesmo identificado com ele. Evandro (o Homem Bom, em grego) era um nome que podia passar por uma tradução do seu e permitir, desta forma, a introdução e fixação das lendas da imigração dos Arcádios para o Palatino, como é o caso da lenda do deus arcádio Pã.
É, por vezes, considerado filho de Circe e de Júpiter. Segundo outras versões, era neto de Saturno e filho, e portanto sucessor, do rei Pico. Ou ainda um mortal, descendente de Marte, que reinava sobre as margens do rio Tibre e que acolheu o arcádio Evandro aquando da sua chegada a Itália, a quem deu uma terra localizada no mesmo sítio da futura Roma. Segundo a lenda, Fauno casou com uma ninfa de quem teve um filho, Latino, rei dos Latinos na época do desembarque de Eneias; aliás, este casou, mais tarde, com Lavínia, filha de Latino.
Fauno passou ainda por ser o esposo ou pai de Bona Dea, conhecida também com o nome de Fauna.
Contudo, a personalidade divina de Fauno persistiu de forma curiosa dado que se terá "fragmentado" numa multiplicidade de pequenos deuses portadores do mesmo nome: os Faunos (fauni, do latim) eram, na época clássica, os génios dos campos e das florestas, companheiros dos pastores e os equivalentes dos sátiros na mitologia grega. Tal como estes, a sua natureza era dupla: eram meio-homens, meio-bodes, tinham cornos e muitas vezes cascos.
Na sua origem, o culto de Fauno estava ligado à procissão dos Lupercos, durante a qual jovens corriam seminus, vestidos apenas com uma pele de cabra, flagelando as mulheres que encontravam com correias de couro, pois se considerava que esta flagelação concedia fecundidade às vítimas.
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Como referenciar
Porto Editora – Fauno na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-08 20:18:21]. Disponível em
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