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Felipe González
O político espanhol Felipe González Márquez nasceu em 1942, em Sevilha.
Frequentou o curso de Engenharia Civil, transferindo-se depois para a Faculdade de Direito. Foi ainda como estudante que se começou a envolver no movimento socialista.
Em 1964, aderiu ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), tendo-se especializado, já como advogado, na defesa dos direitos dos trabalhadores. Em 1974, foi eleito secretário-geral do partido, em França (uma vez que o PSOE ainda não era reconhecido em Espanha). Chegou a vice-presidente da Internacional Socialista, em nome da qual percorreu a América Latina espalhando os ideais da organização. Caber-lhe-ia liderar o PSOE durante mais de duas décadas, apenas interrompidas por um período (entre 1979 e 1981) em que se afastou voluntariamente do cargo.
Após a legalização do partido em 1977, González concorreu e venceu as eleições gerais de outubro de 1982. Na altura, tornou-se o primeiro-ministro mais novo da Europa. González prometeu diálogo e cooperação, uma nova projeção internacional da Espanha com a adesão à Comunidade Económica Europeia, que se verificou em 1986, e exprimiu o seu desejo de negociar com o Reino Unido a reintegração de Gibraltar no território espanhol.
A partir de então e por mais de uma década, sempre com González na liderança, o PSOE tornou-se a força política hegemónica na nova Espanha democrática, vencendo eleições gerais sucessivas.
Os anos, porém, não foram sempre fáceis para o presidente do Governo espanhol. Em 1988, o sindicato da UGT, apesar da sua orientação socialista, decretou uma greve geral de protesto contra a política económica seguida pelo Governo. A revelação de uma série de escândalos financeiros de grande envergadura e de corrupção no poder socialista levou mesmo a uma crítica do rei Juan Carlos, em 1991. Atravessando também sérios problemas económicos, como uma elevada taxa de desemprego, González conseguiu vencer as eleições de 1992, mas viu a direita, liderada por José María Aznar, obter ganhos consideráveis. O descontentamento dos eleitores levou à queda de González no ato eleitoral seguinte, em 1996, sucedendo-lhe Aznar na chefia do Executivo.
Felipe González continua, em todo o caso, a ser o político espanhol com maior prestígio internacional e a primeira figura do seu partido. Foi por decisão própria que abandonou a liderança do PSOE em julho de 1997.
Frequentou o curso de Engenharia Civil, transferindo-se depois para a Faculdade de Direito. Foi ainda como estudante que se começou a envolver no movimento socialista.
Em 1964, aderiu ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), tendo-se especializado, já como advogado, na defesa dos direitos dos trabalhadores. Em 1974, foi eleito secretário-geral do partido, em França (uma vez que o PSOE ainda não era reconhecido em Espanha). Chegou a vice-presidente da Internacional Socialista, em nome da qual percorreu a América Latina espalhando os ideais da organização. Caber-lhe-ia liderar o PSOE durante mais de duas décadas, apenas interrompidas por um período (entre 1979 e 1981) em que se afastou voluntariamente do cargo.
A partir de então e por mais de uma década, sempre com González na liderança, o PSOE tornou-se a força política hegemónica na nova Espanha democrática, vencendo eleições gerais sucessivas.
Os anos, porém, não foram sempre fáceis para o presidente do Governo espanhol. Em 1988, o sindicato da UGT, apesar da sua orientação socialista, decretou uma greve geral de protesto contra a política económica seguida pelo Governo. A revelação de uma série de escândalos financeiros de grande envergadura e de corrupção no poder socialista levou mesmo a uma crítica do rei Juan Carlos, em 1991. Atravessando também sérios problemas económicos, como uma elevada taxa de desemprego, González conseguiu vencer as eleições de 1992, mas viu a direita, liderada por José María Aznar, obter ganhos consideráveis. O descontentamento dos eleitores levou à queda de González no ato eleitoral seguinte, em 1996, sucedendo-lhe Aznar na chefia do Executivo.
Felipe González continua, em todo o caso, a ser o político espanhol com maior prestígio internacional e a primeira figura do seu partido. Foi por decisão própria que abandonou a liderança do PSOE em julho de 1997.
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Como referenciar
Porto Editora – Felipe González na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 13:01:45]. Disponível em
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