Fernanda Maria
Fadista, Maria Fernanda Carvalheira dos Santos nasceu a 6 de fevereiro de 1937, Lisboa, e morreu a 13 de janeiro de 2025, na sua cidade natal.
em Foi criada no Bairro da Mouraria, o mesmo onde, segundo se diz, nasceu o próprio fado.
O seu pai era tipógrafo e fadista amador, pelo que o fado surgiu-lhe na vida com toda a naturalidade.
Começou a trabalhar muito cedo, como empregada de mesa em casas de fado. Primeiro na Adega Patrício, na Calçada de Carriche, de que era proprietária Lina Maria Alves e depois na Parreirinha de Alfama, restaurante de Argentina Santos.
Aos 13 anos passou a cantar também, como de resto era vulgar acontecer com os empregados de mesa das casas de fado. O grande impulsionador da sua profissionalização foi Filipe Pinto, que a convenceu, em 1952, a fazer uma audição para a Emissora Nacional. Por ali atuou durante cinco anos. Cantou também noutros locais, como as casas de fado Nau Catrineta e A Severa, os serões para os trabalhadores na FNAT ou em peças do teatro de revista, como Acerta o Passo (1964).
Em 1964 abriu o seu próprio espaço, o restaurante Lisboa à Noite, no Bairro Alto, que durou, enquanto casa de fado, até ao início da década de 2000, altura em que mudou de gerência e, mantendo o nome, passou a ser um espaço sem animação musical.
Fernanda Maria cantava de uma forma carismática e peculiar e tinha como principais referências no meio do fado Argentina Santos e Maria Teresa de Noronha, que a tratava por fadistinha.
Muitos temas da história do fado foram recordados na voz de Fernanda Maria, e alguns deles conheceram grande sucesso.
Entre outros, cantou "Não Passes com Ela na Minha Rua" (Carlos Conde/Casimiro Ramos), "Fado de Horas" (Belo Marques), "Aquela Velhinha" (Linhares Barbosa/Fado Cigano), "Rosa da Madragoa" (Frederico de Brito/Fado Seixal), "Fado das Mágoas" (Frederico de Brito) ou "Lá Vai Ele" (Linhares Barbosa/Jaime Santos).
A própria Fernanda Maria escreveu letras para o seu reportório, como "A Razão do meu Viver", "Sentir a Vida", "Olhos Felizes", "Este Poema", "Xaile Negro" ou "No Altar da minha Saudade".
Estes temas foram registados em dezenas de gravações dispersas, de que se destacam as coletâneas Sempre (1991, Discossete), Os Maiores Sucessos de Fernanda Maria (1993, Movieplay) e O Melhor de Fernanda Maria (1994, Emi-VC).
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