Francisco Goya
Pintor espanhol, Francisco Goya y Lucientes nasceu a 30 de março de 1746 perto de Saragoça, na província de Aragão. Aos 14 anos foi aluno de José Luzan. Continuou os estudos de arte em Roma e ao voltar por Saragoça recebeu a encomenda de três frescos para a Catedral. Estes trabalhos estabeleceram a sua reputação.
Depois de se instalar em Madrid, em 1773, foi convidado para desenhar as tapeçarias da Oficina Real de Santa Bárbara. Este demorado trabalho de artífice seria a grande escola de Goya. Estudou os grandes mestres, abandonando progressivamente o estilo Rococó, e deixou-se influenciar pelo Neoclassicismo e por Velásquez, adquirindo uma técnica mais espontânea. Em 1789, com a subida de Carlos IV ao trono, foi nomeado pintor da corte. O artista pintou inúmeros retratos do monarca, de personalidades célebres e de amigos. Solicitado pelo rei, empreendeu a execução de S. Bernardino de Siena Orando diante de Afonso V para o altar da Igreja de S. Fernando de Madrid. Na altura, foi considerada a melhor das suas obras. Em 1792 foi atingido por uma doença que o levou à surdez. A sua pintura sai completamente transformada dessa crise, mais incisiva e amarga.
Adiciona novos tons - pretos, castanhos, vermelhos e ocres - e os temas envolvem a observação satírica do género humano e fantasias em que as personagens se deixam dominar pelas emoções. No ano de 1799 publicou Os Caprichos, um livro de 82 águas-fortes em que expõe a loucura e as fraquezas humanas. É ainda a época das cenas da vida madrilena, com A corrida de Touros e A Casa dos Loucos. Deste período data a sua relação com a duquesa de Alba, que viria a servir de modelo em vários quadros. Os horrores da guerra e a brutalidade humana durante a ocupação napoleónica (1808-1814) foram o tema de Os Desastres da Guerra, obra que só viria a ser publicada em 1863, já depois da sua morte. Após a restauração da monarquia, foi obrigado a comparecer perante a Inquisição por causa do retrato de Maja Despida (1800), um dos primeiros nus da arte espanhola da época. De 1819 a 1824 viveu em reclusão numa casa dos arredores de Madrid. Sentindo-se livre das obrigações da corte, deu livre expressão a pensamentos sombrios e selváticos nas derradeiras águas-fortes Loucuras e nas Pinturas Negras, murais de pesadelo pintados nas paredes da casa. Depois da tentativa falhada de instauração do liberalismo em Espanha, partiu para um exílio voluntário em França. Veio a falecer em Bordéus em 1828. Um ano antes, tinha pintado algo de inteiramente novo, A Leiteira de Bordéus, cujas explosões de luz e cintilações de cor são das primeiras manifestações do impressionismo.
Adiciona novos tons - pretos, castanhos, vermelhos e ocres - e os temas envolvem a observação satírica do género humano e fantasias em que as personagens se deixam dominar pelas emoções. No ano de 1799 publicou Os Caprichos, um livro de 82 águas-fortes em que expõe a loucura e as fraquezas humanas. É ainda a época das cenas da vida madrilena, com A corrida de Touros e A Casa dos Loucos. Deste período data a sua relação com a duquesa de Alba, que viria a servir de modelo em vários quadros. Os horrores da guerra e a brutalidade humana durante a ocupação napoleónica (1808-1814) foram o tema de Os Desastres da Guerra, obra que só viria a ser publicada em 1863, já depois da sua morte. Após a restauração da monarquia, foi obrigado a comparecer perante a Inquisição por causa do retrato de Maja Despida (1800), um dos primeiros nus da arte espanhola da época. De 1819 a 1824 viveu em reclusão numa casa dos arredores de Madrid. Sentindo-se livre das obrigações da corte, deu livre expressão a pensamentos sombrios e selváticos nas derradeiras águas-fortes Loucuras e nas Pinturas Negras, murais de pesadelo pintados nas paredes da casa. Depois da tentativa falhada de instauração do liberalismo em Espanha, partiu para um exílio voluntário em França. Veio a falecer em Bordéus em 1828. Um ano antes, tinha pintado algo de inteiramente novo, A Leiteira de Bordéus, cujas explosões de luz e cintilações de cor são das primeiras manifestações do impressionismo.
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Porto Editora – Francisco Goya na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 19:41:57]. Disponível em
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