Frei Bernardo de Brito
Antes de professar votos na Abadia de Alcobaça, onde ingressou em 23 de fevereiro de 1585, chamava-se o autor Baltasar de Brito e Andrade. Estudou em Roma e em Florença, tendo-se doutorado em Teologia pela Universidade de Coimbra, em 12 de abril de 1606.
Como cronista-geral da sua Ordem publicou a Primeira Parte da Crónica de Cister (1602) e alargou os seus interesses à História de Portugal, dando estampa à primeira parte da Monarquia Lusitana (1597) e dos Elogios dos Reis de Portugal (1603).
Por morte de Francisco de Andrada, obteve o lugar de cronista-mor do reino em 12 de julho de 1614. Por essa altura, já a segunda parte da Monarquia Lusitana (1609) tinha vindo a lume, constituindo a nomeação régia o reconhecimento oficial da obra realizada. O autor tinha o projeto de escrever a História de Portugal, desde as suas origens mais remotas, em oito partes, mas foi-lhe apenas possível concretizar duas delas.
Frei Bernardo de Brito é hoje considerado o fundador da historiografia alcobacence, que, pela glorificação do passado português, constitui um dos mais salientes aspetos da literatura autonomista sobre os Filipes. O seu método teve continuadores na Ordem que professou. Embora não fosse considerado um poeta exímio e como historiador seguisse processos ortodoxos, sendo acusado por historiógrafos e historiadores posteriores de ter falsificado documentos, de fazer falsas leituras etimológicas e de inventar histórias lendárias, era dotado de vasta erudição e tido como bom estilista. A sua obra foi continuada, após a sua morte, por Frei António Brandão, que redigiu e publicou a terceira e quarta partes da Monarquia Lusitana.
Como cronista-geral da sua Ordem publicou a Primeira Parte da Crónica de Cister (1602) e alargou os seus interesses à História de Portugal, dando estampa à primeira parte da Monarquia Lusitana (1597) e dos Elogios dos Reis de Portugal (1603).
Por morte de Francisco de Andrada, obteve o lugar de cronista-mor do reino em 12 de julho de 1614. Por essa altura, já a segunda parte da Monarquia Lusitana (1609) tinha vindo a lume, constituindo a nomeação régia o reconhecimento oficial da obra realizada. O autor tinha o projeto de escrever a História de Portugal, desde as suas origens mais remotas, em oito partes, mas foi-lhe apenas possível concretizar duas delas.
Frei Bernardo de Brito é hoje considerado o fundador da historiografia alcobacence, que, pela glorificação do passado português, constitui um dos mais salientes aspetos da literatura autonomista sobre os Filipes. O seu método teve continuadores na Ordem que professou. Embora não fosse considerado um poeta exímio e como historiador seguisse processos ortodoxos, sendo acusado por historiógrafos e historiadores posteriores de ter falsificado documentos, de fazer falsas leituras etimológicas e de inventar histórias lendárias, era dotado de vasta erudição e tido como bom estilista. A sua obra foi continuada, após a sua morte, por Frei António Brandão, que redigiu e publicou a terceira e quarta partes da Monarquia Lusitana.
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Como referenciar
Porto Editora – Frei Bernardo de Brito na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-24 13:17:13]. Disponível em
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