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Génova
Cidade do Noroeste da Itália, é a capital da província de Génova, na região da Ligúria. Possui uma população de 601 900 habitantes (2004). Dotada de um porto no golfo de Génova, rivaliza com a cidade portuária de Marselha na disputa pelo lugar de melhor porto do mar Mediterrâneo. É o centro comercial das secções industrializadas do Piemonte e da Lombardia, duas regiões agrícolas privilegiadas do Norte de Itália e da Europa Central. Foi, juntamente com Lille, uma cidade do norte de França, designada Capital Europeia da Cultura para o ano de 2004.
O porto não foi muito danificado durante as operações militares da Segunda Guerra Mundial e, desde então, as suas estruturas foram sendo modernizadas, fazendo da indústria naval a mais importante desta região; outras indústrias importantes são as relativas à manufatura de produtos de aço e de ferro, de componentes de motores e de carros, entre muitas outras.
No velho quarteirão da cidade esteve instalado o porto primitivo engrandecido nos alvores dos tempos modernos e no coração desse velho quarteirão estão situados os mais simbólicos edifícios da história da cidade portuária de Génova. No centro encontramos a catedral românico-gótica de S. Donato, dos séculos XII e XIII, e na frente do porto situa-se o Palácio de S. Giorgio, construído no século XIV por iniciativa do primeiro doge Simone Boccanegra, que mais tarde foi reconvertido no poderoso Banco de S. Jorge.
A Catedral de S. Lorenzo de Génova terá sido financiada pelo primeiro saque das Cruzadas e a sua consagração data de 1118. O palácio ducal, que no passado serviu de residência dos doges, foi transformado para acolher os tribunais nos nossos dias. Na Praça de S. Mateus conservam-se as casas da família Doria e a Igreja de S. Mateus, fundada por esta família no ano de 1125. Este edifício religioso guarda o túmulo do almirante e estadista genovês Andrea Doria.
A noroeste, perto da Stazione Maritima, está localizada a Igreja da Annunziata. O local onde, segundo a lenda, nasceu o navegador Cristóvão Colombo é também uma das paragens obrigatórias da visita à Génova histórica, que passa também pela sua universidade, instituída em 1471.
A ocupação de Génova remonta aos Gregos como o atestam as escavações de um local de enterramento datado do século IV a. C., mas provavelmente o porto terá tido uma utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos Cartagineses em 209 a. C., sendo posteriormente reconstruída pelos Romanos, que a usaram como base durante a guerra que travaram com a Ligúria.
No período que medeia a queda do Império Romano (476) e o século XI pouco se sabe desta cidade. A partir do século XI Génova tornou-se uma república marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas; aliaram-se a Pisa, para expulsar os muçulmanos da Córsega e da Sardenha mas posteriores desentendimentos geraram disputas entre as duas cidades-estado.
No século XII os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram com o transporte de mercadorias do Médio Oriente, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo e do mar Egeu, até no mar Negro.
O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do Globo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria, de 1284, e os venezianos foram derrotados em Curzola, em 1299.
A partir de 1257, Génova, uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a forças externas. A desordem criada era tal que o próprio doge (instituído em 1339) não conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua pujança manteve-se até 1380, data em que a sua frota foi derrotada pelos venezianos em Chioggia, ato que precipitou o seu declínio. Córsega foi o seu último reduto, rendido aos franceses em 1468.
O doge Andrea Doria restaurou a estabilidade de Génova com a ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade era dominada pela França e o Piemonte; no entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a chegada de Napoleão Bonaparte, que integrou Génova na República da Ligúria, uma província depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Dez anos depois Génova foi integrada no reino da Sardenha.
No final do século XIX o seu porto foi modernizado e a cidade invadida por um conjunto de indústrias, cujas estruturas foram largamente danificadas pelos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial.
O porto não foi muito danificado durante as operações militares da Segunda Guerra Mundial e, desde então, as suas estruturas foram sendo modernizadas, fazendo da indústria naval a mais importante desta região; outras indústrias importantes são as relativas à manufatura de produtos de aço e de ferro, de componentes de motores e de carros, entre muitas outras.
No velho quarteirão da cidade esteve instalado o porto primitivo engrandecido nos alvores dos tempos modernos e no coração desse velho quarteirão estão situados os mais simbólicos edifícios da história da cidade portuária de Génova. No centro encontramos a catedral românico-gótica de S. Donato, dos séculos XII e XIII, e na frente do porto situa-se o Palácio de S. Giorgio, construído no século XIV por iniciativa do primeiro doge Simone Boccanegra, que mais tarde foi reconvertido no poderoso Banco de S. Jorge.
A noroeste, perto da Stazione Maritima, está localizada a Igreja da Annunziata. O local onde, segundo a lenda, nasceu o navegador Cristóvão Colombo é também uma das paragens obrigatórias da visita à Génova histórica, que passa também pela sua universidade, instituída em 1471.
A ocupação de Génova remonta aos Gregos como o atestam as escavações de um local de enterramento datado do século IV a. C., mas provavelmente o porto terá tido uma utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos Cartagineses em 209 a. C., sendo posteriormente reconstruída pelos Romanos, que a usaram como base durante a guerra que travaram com a Ligúria.
No período que medeia a queda do Império Romano (476) e o século XI pouco se sabe desta cidade. A partir do século XI Génova tornou-se uma república marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas; aliaram-se a Pisa, para expulsar os muçulmanos da Córsega e da Sardenha mas posteriores desentendimentos geraram disputas entre as duas cidades-estado.
No século XII os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram com o transporte de mercadorias do Médio Oriente, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo e do mar Egeu, até no mar Negro.
O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do Globo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria, de 1284, e os venezianos foram derrotados em Curzola, em 1299.
A partir de 1257, Génova, uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a forças externas. A desordem criada era tal que o próprio doge (instituído em 1339) não conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua pujança manteve-se até 1380, data em que a sua frota foi derrotada pelos venezianos em Chioggia, ato que precipitou o seu declínio. Córsega foi o seu último reduto, rendido aos franceses em 1468.
O doge Andrea Doria restaurou a estabilidade de Génova com a ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade era dominada pela França e o Piemonte; no entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a chegada de Napoleão Bonaparte, que integrou Génova na República da Ligúria, uma província depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Dez anos depois Génova foi integrada no reino da Sardenha.
No final do século XIX o seu porto foi modernizado e a cidade invadida por um conjunto de indústrias, cujas estruturas foram largamente danificadas pelos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial.
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Como referenciar
Porto Editora – Génova na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-06 05:11:27]. Disponível em
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