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Gerhard Richter
Pintor alemão, Gerhard Richter nasceu a 9 de fevereiro de 1932, em Dresden, na Alemanha. Cresceu debaixo do Nacional-Socialismo e viveu durante mais 16 anos debaixo do comunismo da Alemanha de leste antes de se mudar para a Alemanha ocidental, em 1961. Entre 1952 e 1957 estudou na Kunstakademie de Dresden. Já realizado como pintor de murais, Richter iniciou uma nova fase na sua carreira no difícil meio artístico que se desenvolveu em Colónia e Dusseldórfia na década de 1960. Mudou-se para Dusseldórfia onde trabalhou como técnico de fotografia num laboratório. De 1961 a 1964, estudou na Staatliche Kunstakademie de Dusseldórfia. Neste cenário descobriu o expressionismo abstrato e uma série de tendências avant-garde formando laços de amizade com outros artistas da sua geração, como Sigmar Polke. Identificavam-se como artistas alemães pop, mas foram também, por um breve período, iniciadores de uma variante satírica do pop a que chamavam "realismo capitalista".
Em 1962 iniciou pinturas que fundiam a iconografia jornalística e retratos de família com um realismo austero baseado na fotografia. Richter estabeleceu o seu percurso através de um enredo de "ismos" que prosperavam à sua volta.
A primeira exposição individual de Richter foi realizada na Möbelhaus Berges, em Dusseldórfia, em 1963. Nesta exposição o artista apresentou pela primeira vez o estilo fotografia-pintura, tendo utilizado fotografias de paisagens, retratos e naturezas-mortas como base para as suas pinturas. O artista esborratou as imagens ou objetos apresentados, afastando-se da pintura figurativa tradicional, de forma a diferenciar a pintura da fotografia. Em 1967, Richter ganhou o prémio de arte Junger Westen da cidade de Recklinghausen, Alemanha. Foi nesta altura que Richter começou a sua fase "construtivista" que incluiu trabalhos como Color Charts, Inpaitings, Gray Paintings e Forty-eight Portraits, assim como o trabalho com espelhos.
No início da década de 1970 evoluiu para uma pintura monocromática sóbria que evocava a corrente minimalista, mas com uma diferença significativa no que respeita ao objetivo e ao sentimento. No final da década de 1970 e início da década de 1980, as pinturas sobre tela de cores brilhantes e ousadamente delineadas sugeriam mas também diferiam da pintura pirotécnica neoexpressionista que estava então em voga. Em toda a sua carreira, Richter cultivou no seu trabalho um modo subtilmente romântico e aparentemente antimodernista.
Em 1988, Richter produziu um ciclo de 15 pinturas a preto e branco intituladas October 18, 1977, baseado em fotografias de imprensa sobre o grupo Baader-Meinhof - um bando de radicais alemães que morreram numa prisão de Estugarda naquela data em circunstâncias trágicas e altamente controversas. Este grupo de pinturas marca um ponto de viragem na carreira de Richter.
Não tão conhecidos mas não menos visualmente revolucionários são impressões (sobre papel fotográfico) e objetos que produz em edições de algumas centenas, dando àqueles que não têm acesso aos níveis elevados do mercado da arte a possibilidade de adquirir um trabalho de um dos mais notáveis artistas do século XX.
Sob todos os aspetos na sua arte, Richter assumiu uma distância cética de vanguardistas e conservadores no que respeita ao que deveria ser a pintura, escolhendo, em vez disso, testar os limites do que ele como artista poderia criar fora das convenções formais e do legado ideológico contraditório. O resultado, paradoxalmente, tem sido a mais completa "desconstrução" dessas convenções e, ao mesmo tempo, um dos mais convincentes exemplos de renovada vitalidade na pintura dos finais do século XX e inícios do século XXI.
A produção artística de Gerhard Richter pode ser inserida em três categorias: figurativa, isto é, todas as pinturas são baseadas na fotografia ou na natureza; construtivista, trabalho mais teorético como tabelas de cor, painéis de vidro e espelhos; e abstrata, quase todo o trabalho realizado desde 1976 exceto naturezas-mortas e paisagens.
A variedade no seu trabalho não indica uma falta de interesse pela realidade mas uma grande confiança ao apresentar modelos diferentes de forma a transmitir isso mesmo. De facto, a começar pelo seu primeiro trabalho, Richter tem facilmente combinado, nas suas pinturas, tanto a figuração como a abstração.
Em 1972, o trabalho de Richter foi escolhido para representar a Alemanha na Bienal de Veneza, onde apresentou o trabalho 48 Portraits. Nesse mesmo ano, participou na Documenta de Kassel, Alemanha, onde expôs novamente em 1977, 1982 (ganhou o Prémio Arnold Bode) e 1987. A sua primeira exposição retrospetiva aconteceu no Kunsthalle em Bremen (1976), onde apresentou uma seleção de trabalhos realizados entre 1962 e 1974. Em 1988 teve a sua primeira exposição retrospetiva no Estados Unidos da América no Museu de Arte Contemporânea de Chicago (itinerou para Washington, D.C. e São Francisco). Richter é professor na Staatliche Kunstakademie de Dusseldórfia desde 1971. Em 1983, o artista mudou-se para Colónia, onde reside.
Em 1962 iniciou pinturas que fundiam a iconografia jornalística e retratos de família com um realismo austero baseado na fotografia. Richter estabeleceu o seu percurso através de um enredo de "ismos" que prosperavam à sua volta.
A primeira exposição individual de Richter foi realizada na Möbelhaus Berges, em Dusseldórfia, em 1963. Nesta exposição o artista apresentou pela primeira vez o estilo fotografia-pintura, tendo utilizado fotografias de paisagens, retratos e naturezas-mortas como base para as suas pinturas. O artista esborratou as imagens ou objetos apresentados, afastando-se da pintura figurativa tradicional, de forma a diferenciar a pintura da fotografia. Em 1967, Richter ganhou o prémio de arte Junger Westen da cidade de Recklinghausen, Alemanha. Foi nesta altura que Richter começou a sua fase "construtivista" que incluiu trabalhos como Color Charts, Inpaitings, Gray Paintings e Forty-eight Portraits, assim como o trabalho com espelhos.
No início da década de 1970 evoluiu para uma pintura monocromática sóbria que evocava a corrente minimalista, mas com uma diferença significativa no que respeita ao objetivo e ao sentimento. No final da década de 1970 e início da década de 1980, as pinturas sobre tela de cores brilhantes e ousadamente delineadas sugeriam mas também diferiam da pintura pirotécnica neoexpressionista que estava então em voga. Em toda a sua carreira, Richter cultivou no seu trabalho um modo subtilmente romântico e aparentemente antimodernista.
Em 1988, Richter produziu um ciclo de 15 pinturas a preto e branco intituladas October 18, 1977, baseado em fotografias de imprensa sobre o grupo Baader-Meinhof - um bando de radicais alemães que morreram numa prisão de Estugarda naquela data em circunstâncias trágicas e altamente controversas. Este grupo de pinturas marca um ponto de viragem na carreira de Richter.
Não tão conhecidos mas não menos visualmente revolucionários são impressões (sobre papel fotográfico) e objetos que produz em edições de algumas centenas, dando àqueles que não têm acesso aos níveis elevados do mercado da arte a possibilidade de adquirir um trabalho de um dos mais notáveis artistas do século XX.
Sob todos os aspetos na sua arte, Richter assumiu uma distância cética de vanguardistas e conservadores no que respeita ao que deveria ser a pintura, escolhendo, em vez disso, testar os limites do que ele como artista poderia criar fora das convenções formais e do legado ideológico contraditório. O resultado, paradoxalmente, tem sido a mais completa "desconstrução" dessas convenções e, ao mesmo tempo, um dos mais convincentes exemplos de renovada vitalidade na pintura dos finais do século XX e inícios do século XXI.
A produção artística de Gerhard Richter pode ser inserida em três categorias: figurativa, isto é, todas as pinturas são baseadas na fotografia ou na natureza; construtivista, trabalho mais teorético como tabelas de cor, painéis de vidro e espelhos; e abstrata, quase todo o trabalho realizado desde 1976 exceto naturezas-mortas e paisagens.
A variedade no seu trabalho não indica uma falta de interesse pela realidade mas uma grande confiança ao apresentar modelos diferentes de forma a transmitir isso mesmo. De facto, a começar pelo seu primeiro trabalho, Richter tem facilmente combinado, nas suas pinturas, tanto a figuração como a abstração.
Em 1972, o trabalho de Richter foi escolhido para representar a Alemanha na Bienal de Veneza, onde apresentou o trabalho 48 Portraits. Nesse mesmo ano, participou na Documenta de Kassel, Alemanha, onde expôs novamente em 1977, 1982 (ganhou o Prémio Arnold Bode) e 1987. A sua primeira exposição retrospetiva aconteceu no Kunsthalle em Bremen (1976), onde apresentou uma seleção de trabalhos realizados entre 1962 e 1974. Em 1988 teve a sua primeira exposição retrospetiva no Estados Unidos da América no Museu de Arte Contemporânea de Chicago (itinerou para Washington, D.C. e São Francisco). Richter é professor na Staatliche Kunstakademie de Dusseldórfia desde 1971. Em 1983, o artista mudou-se para Colónia, onde reside.
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Como referenciar
Porto Editora – Gerhard Richter na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 13:45:13]. Disponível em
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