Geta

Imperador romano (189 d. C.-211 d. C.) de 209 a 211, foi também César entre 198 e 209.

Filho mais novo do imperador Sétimo Severo Públio, Lúcio Sétimo Geta foi tornado César em 198, quando o irmão mais velho, Caracala, se tornou Augusto.

No período que decorreu entre 205 e 208, Geta e Caracala suscitaram um enorme escândalo público permanente pela vida dissoluta e licenciosa que levavam e pela rivalidade que existia entre os dois irmãos, situação que se traduzia num profundo ódio recíproco.

Durante a campanha da Bretanha (atual Inglaterra) setentrional, entre 208 e 211, Geta ficou em York como administrador das terras meridionais dos confins romanos da ilha. Em finais de 209, no entanto, terminava esta sua etapa como governador regional numa terra longínqua e bravia, pois nesse ano foi nomeado Augusto.

Depois da morte de Sétimo Severo, seu pai, em 211, Geta e Caracala acorreram rapidamente a Roma, ainda que a sua mútua aversão os tivesse levado a viver em alas separadas do palácio imperial. Segundo uma tradição romana, Geta era muito parecido com seu pai, embora, ao contrário deste, nunca se tivesse casado, tanto quanto se sabe.

Perante esta situação (esta afinidade que todos atribuíam entre Geta e Sétimo Severo e a possibilidade de o irmão se tornar o supremo imperador de Roma), Caracala, entendendo que não poderia suportar tal rivalidade, prejudicial aos seus intentos, decide aniquilá-lo.

Assim, a 21 de dezembro de 211, de forma a evitar qualquer reconciliação, mandou apunhalar Geta nos braços da mãe. De modo a suprimir toda a recordação popular de Geta e aniquilar, portanto, a memória da sua figura no mundo romano, Caracala ordenou a destruição de todos os retratos do irmão e o apagar do seu nome em inscrições em todo o Império.