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Grande Marcha
Epopeia histórica de cerca de 10 mil quilómetros, empreendida pelo exército vermelho comunista chinês entre outubro de 1934 e outubro de 1935.
Desde 1927 que o Partido Comunista Chinês, em expansão e cada vez mais afastado do modelo soviético, havia entrado em conflito com o líder Guomindang (ou Kuomintang) Chiang Kai-shek. Desprovidos de um exército na verdadeira aceção da palavra, os comunistas, acossados pelas tropas modernas e prestigiadas de Chiang Khai-shek, foram obrigados a entrar na clandestinidade e a procurar refúgio nas montanhas do Sul da China onde organizaram diversas células de intervenção local.
Em 1930, apesar das condições em que sobrevivia, o Partido proclamou, nestas montanhas, a 1.ª República Comunista Chinesa. A reação do Kuomintang não se fez esperar; os comunistas foram cercados, encurralados e ameaçados de extermínio. É neste contexto que os seus líderes decidem abandonar este refúgio, onde se destacavam as bases da província de Jiangxi e juntar-se a um núcleo do Partido entretanto constituído no Norte da China, em Shensi (ou Shaanxi), próximo da fronteira com a União Soviética.
Em outubro de 1934 mais de 100 mil homens iniciam um enorme e penoso êxodo. Em janeiro, a marcha foi interrompida em Zunyi (Tsun-i) para a realização de uma conferência onde Mao Zedong (Mao Tsé-Tung) se confirmou como líder incontestado do Partido. A retirada prosseguiu depois, sempre sob condições dramáticas: desde logo, o terreno, extremamente difícil, e as más condições climatéricas complicavam o avanço; por outro lado, os ataques das forças de Chiang Kai-shek, agravados pela fome e pela doença que grassavam entre os comunistas, provocaram baixas consideráveis. Calcula-se que dos 100 mil que começaram a marcha, apenas cerca de 10 mil a terão concluído (de qualquer modo, os números avançados pelos estudiosos são muito variáveis, havendo quem aponte que a marcha começou com cerca de 140 mil homens, terminando apenas com cerca de 40 mil). Até chegarem a Shensi os homens da Longa Marcha contornaram a China pelo Tibete, Koukor e Kansu.
Aquilo que foi uma retirada forçada converteu-se numa verdadeira vitória moral, num feito tornado épico, um verdadeiro tónico na luta que conduziu o Partido Comunista ao poder.
À chegada a Shensi foi proclamada a 2.ª República Comunista da China; em 1949, Mao e os seus tenentes Lin Biao (Lin Piao), Zu De (Chu Teh), Zhou Enlai (Chou En-lai) e Deng Xiaoping (Teng Hsiao-p'ing) eram senhores de toda a China.
Desde 1927 que o Partido Comunista Chinês, em expansão e cada vez mais afastado do modelo soviético, havia entrado em conflito com o líder Guomindang (ou Kuomintang) Chiang Kai-shek. Desprovidos de um exército na verdadeira aceção da palavra, os comunistas, acossados pelas tropas modernas e prestigiadas de Chiang Khai-shek, foram obrigados a entrar na clandestinidade e a procurar refúgio nas montanhas do Sul da China onde organizaram diversas células de intervenção local.
Em 1930, apesar das condições em que sobrevivia, o Partido proclamou, nestas montanhas, a 1.ª República Comunista Chinesa. A reação do Kuomintang não se fez esperar; os comunistas foram cercados, encurralados e ameaçados de extermínio. É neste contexto que os seus líderes decidem abandonar este refúgio, onde se destacavam as bases da província de Jiangxi e juntar-se a um núcleo do Partido entretanto constituído no Norte da China, em Shensi (ou Shaanxi), próximo da fronteira com a União Soviética.
Em outubro de 1934 mais de 100 mil homens iniciam um enorme e penoso êxodo. Em janeiro, a marcha foi interrompida em Zunyi (Tsun-i) para a realização de uma conferência onde Mao Zedong (Mao Tsé-Tung) se confirmou como líder incontestado do Partido. A retirada prosseguiu depois, sempre sob condições dramáticas: desde logo, o terreno, extremamente difícil, e as más condições climatéricas complicavam o avanço; por outro lado, os ataques das forças de Chiang Kai-shek, agravados pela fome e pela doença que grassavam entre os comunistas, provocaram baixas consideráveis. Calcula-se que dos 100 mil que começaram a marcha, apenas cerca de 10 mil a terão concluído (de qualquer modo, os números avançados pelos estudiosos são muito variáveis, havendo quem aponte que a marcha começou com cerca de 140 mil homens, terminando apenas com cerca de 40 mil). Até chegarem a Shensi os homens da Longa Marcha contornaram a China pelo Tibete, Koukor e Kansu.
Aquilo que foi uma retirada forçada converteu-se numa verdadeira vitória moral, num feito tornado épico, um verdadeiro tónico na luta que conduziu o Partido Comunista ao poder.
À chegada a Shensi foi proclamada a 2.ª República Comunista da China; em 1949, Mao e os seus tenentes Lin Biao (Lin Piao), Zu De (Chu Teh), Zhou Enlai (Chou En-lai) e Deng Xiaoping (Teng Hsiao-p'ing) eram senhores de toda a China.
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Como referenciar
Porto Editora – Grande Marcha na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-10 21:51:45]. Disponível em
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