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Grécia
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Geografia
País do Sudeste da Europa, no Sul da Península Balcânica. Faz fronteira com a Albânia, a Macedónia e a Bulgária, a norte, e a Turquia, a nordeste. A parte continental é banhada pelo mar Egeu, a leste, pelo mar de Creta, a sul, e pelo mar Jónico, a oeste. 
A Grécia tem uma área de 131 940 km2, da qual 1/5 corresponde a cerca de 2000 ilhas (só 170 habitadas). 
As principais cidades são Atenas, a capital, com 664 046 habitantes (2022), Tessalonica (354,290 hab.), Patras (168,034 hab.) e Piraeus (163,688 hab.).
Três elementos geográficos dominam a Grécia: o mar, cuja influência se explica, não só pelo elevado número de ilhas, mas também porque apenas uma pequena região do continente grego fica a mais de 80 km da costa; as montanhas, cujos sistemas onde se inserem ocupam perto de 80% do território, destacando-se o sistema montanhoso do Pindo; e, por último, as terras baixas, que compreendem desde os vales fluviais até às zonas costeiras. 
Por outro lado, há a salientar a divisão geográfica das quase duas mil ilhas gregas pelo mar Jónico e o mar Egeu, onde são em maior número. No entanto, é no sul que se encontra a maior ilha grega: Creta.

Clima
O clima grego é um clima mediterrânico, com invernos suaves e verões quentes e secos. Todavia, no Norte e no interior, os invernos são mais rigorosos.

Economia
A economia grega, apesar da sua estrutura assente nas empresas privadas, é considerada de desenvolvimento médio, como se pode verificar pelo facto de o PIB grego ser um dos mais baixos da União Europeia. 
A agricultura, cuja importância tem vindo a decrescer, tem como principais produções o trigo, o milho, o azeite, o vinho e frutas.
As indústrias alimentar, têxtil e cimenteira emergem da conjuntura industrial grega, caracterizada pela sua fraca competitividade. 
Mas o destaque vai para a atividade dos armadores gregos, possuidores de uma das maiores frotas do Mundo, representando uma mais-valia no que diz respeito à obtenção de divisas. Um dos setores que tem crescido na última década é o terciário (ocupando 50% da população ativa e constituindo 50% do PIB), graças, sobretudo, ao desenvolvimento verificado no turismo, que, por sua vez, está na base do surgimento de uma sociedade cada vez mais virada para o comércio. A este desenvolvimento turístico está ligado o aumento de infraestruturas públicas ligadas aos transportes. Os principais parceiros comerciais da Grécia são a Alemanha, a China, a Itália e o Iraque.


População
A população grega é atualmente de 10 533 871 habitantes (2022), o que equivale a uma densidade populacional de aproximadamente 81 hab./km2, traduzindo-se em 0.13% da população mundial.
A esperança média de vida é de 80, 05 anos para os homens e de 85,01 para as mulheres. 
A população de origem grega é largamente maioritária (91.6%), existindo também comunidades de albaneses (4.4%) e outros (4%). A Igreja Ortodoxa Oriental é seguida por cerca de 90% da população. A língua oficial é o grego.

Guardas gregos com o seu uniforme típico
Teatro Epidaurus
Aiyina, vila piscatória
Túmulo, Mícenas
Interior de Templo Ortodoxo, Grécia
Parthenon - Atenas
Bandeira da Grécia
Ayia Marina, Ilha de Égina
Canal de Corinto, Grécia
Porta dos Leões, Mícenas
Arte e Cultura
A Antiga Grécia é tida, por muitos, como o berço da civilização ocidental, não só no aspeto político (democracia), como também no aspeto intelectual e artístico. 
Filósofos como Sócrates e Platão, ou matemáticos como Aristóteles e Pitágoras são por demais conhecidos e a própria arte grega perpetuou-se ao longo do tempo, servindo de inspiração, por exemplo, à corrente renascentista, nos séculos XV e XVI. Mas a riqueza cultural grega tem sido reconhecida, também, nos nossos tempos, sobretudo através da literatura, destacando-se os poetas premiados com o Prémio Nobel Giorgos Seferis (1963) e Odysseus Elytis (1979), bem como o novelista Nikos Kazantzákis, autor da famosa obra Zorba, o Grego.

História
Habitada desde o Paleolítico, a Grécia tem da civilização minoica (Creta, 2000 a. C.) os vestígios antigos mais sólidos. A famosa Grécia clássica surge no ano 750 a. C., sucedendo ao domínio dos dórios, um povo de origem indo-europeia. Esta era uma das cidades-estado que entraram em declínio com a guerra civil ocorrida na Península do Peloponeso entre 401 e 404 a. C., sendo conquistadas por Filipe II da Macedónia em 338 a. C. O Império Romano anexou a Grécia entre 205 e 146 a. C. e, até serem expulsos pelos bárbaros (século V d. C.), os Romanos foram bastante influenciados pela cultura grega, permitindo que esta se fortalecesse ainda mais. Simultaneamente, o Império Bizantino, que já controlava a Grécia oriental aquando do declínio do Império Romano, foi gradualmente dominando o resto do país. O domínio bizantino foi interrompido em 1204 pela ação das Cruzadas, cujas consequências se refletiram na criação de alguns estados na região. Embora tenham reconquistado essas zonas, foram definitivamente expulsos pelo Império Turco Otomano em 1453. 
Nos quatro séculos seguintes, a Grécia não foi mais que uma região otomana, sob a qual viveu tempos difíceis, tendo sido a Igreja Ortodoxa o garante da identidade grega. A ela se deve o nascimento do nacionalismo grego no início do século XIX, devidamente aproveitado por personalidades como Rigas Velestinlis, que tinha vivido parte da última década do século XVIII em Viena, onde absorveu os ideais revolucionários franceses. Rigas acabaria por ser enforcado em 1798, mas os seus conceitos serviram de inspiração a outros movimentos, como os verificados na comunidade grega da Rússia a partir de 1814 (batizado de "Philikí Etaireía" - Sociedade Amiga - e fundado por três jovens gregos) e na Península do Peloponeso, governada por Ali Pasa Tepelenë. Apesar de pagar tributos aos otomanos, o seu estilo de governação dava àquela península um estatuto de quase independência. 
E foi a partir desta região que, com o apoio de países como a Rússia, a Inglaterra e a França, se iniciou a revolta contra os Otomanos em 1821, revolta essa que, apesar de divergências internas entre os ocidentalizados, partidários de um sistema político ocidental que tornasse a Grécia num país europeu, e os conservadores, de alguma forma ligados à Igreja Ortodoxa e ansiosos por manter as regalias ganhas durante o domínio otomano, conseguiu levar a Grécia à independência, reconhecida oficialmente pelo tratado de 1832 assinado entre a Baviera e os países protetores (Inglaterra, França e Rússia). 
Na sequência deste tratado, Otto I, da Baviera, foi nomeado rei da Grécia em 1833, mas o insucesso das suas políticas expansionistas provocou o seu exílio em 1862, para no ano a seguir lhe suceder o dinamarquês Jorge I, que abdicou em 1922. No ano seguinte, uma junta militar dissolveu a monarquia, estabelecendo a República da Grécia, mas o desentendimento entre as várias fações republicanas permitiu que Jorge II restabelecesse a monarquia em 1935.
Após a ocupação nazi entre 1941 e 1944, a Grécia viu o seu destino novamente traçado pelos países protetores, através de um acordo entre Estaline e Churchill onde se estipulou que Estaline não apoiaria o Partido Comunista Grego em qualquer ação contra a monarquia, enquanto que Churchill abria caminho ao domínio russo na Roménia. Assim, após a vitória da direita monárquica nas eleições de março de 1946, realizou-se, em setembro desse ano, um plebiscito que aprovava o regresso do rei Jorge II, que morreria seis meses depois, sucedendo-lhe o seu irmão Paulo. No entanto, em dezembro de 1947, os comunistas, depois de terem constituído o Exército Democrático em outubro de 1946, estabeleceram o Governo Democrático Provisório, abrindo, assim, o caminho à guerra civil, da qual saíram derrotados no verão de 1949 pelas forças monárquicas apoiadas pelos Estados Unidos.
A 21 de abril de 1967 deu-se um golpe de Estado militar, aproveitando uma profunda crise política originada pelos desentendimentos verificados entre o rei Constantino II (que sucedeu ao seu pai, rei Paulo, em 1964) e o primeiro-ministro Georgios Papandreou. 
O regime militar foi bastante repressivo e amargo para os Gregos, sobretudo a partir da subida ao poder do brigadeiro Demetrios Ioannidis, principal responsável pela guerra greco-turca (julho de 1974) na ilha do Chipre. 
A derrota da Grécia neste conflito provocou a queda do regime militar e as eleições democráticas de novembro de 1974 deram a vitória ao conservador Konstantinos Karamanlis, sucedendo-se, no mês seguinte, um referendo que ditou o fim da monarquia e a recusa do regresso do até então rei Constantino II. Karamanlis, depois de ter sido reeleito como primeiro-ministro, foi eleito presidente da República em 1980, corolário da sua bem-sucedida política de integração da Grécia na Comunidade Europeia, que se tornou efetiva em janeiro de 1981. Nesse mesmo ano, Andreas Papandreou, líder do Partido Socialista Grego (PASOK), foi eleito primeiro-ministro, cargo que manteve até 1990, quando perdeu as eleições para o partido Nova Democracia (ND), liderado por Konstantinos Mitsotakis. Contudo, a política de liberalização económica de Mitsotakis revelou-se bastante impopular, como se constatou nas eleições legislativas antecipadas realizadas em 1993, que deram a vitória, embora escassa, ao PASOK.
Os anos seguintes foram marcados por períodos de instabilidade, quer interna, quer externa. A nível interno, registe-se a dificuldade quase crónica de ultrapassar a crise económica existente e as derrotas do PASOK nas eleições eleitorais europeias e municipais, para as quais contribuiu o grave estado de saúde em que se encontrava Papandreou. A nível externo, é de destacar os conflitos diplomáticos entre a Grécia e a União Europeia, provocados, não só pela pretensão grega sobre a Macedónia, como também pelo ataque militar grego contra a Albânia (pretendendo anexar o Sul daquele país, onde vivia uma importante comunidade helénica); e os verificados entre a Grécia e a Turquia sobre a Lei Internacional do Mar, que estipulou universalmente o limite das 12 milhas marítimas, a que a Turquia se opunha pois colocaria em perigo a costa turca do mar Egeu.
Em 2002, a Grécia passou a fazer parte dos países aderentes à moeda única, o euro.
 

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Porto Editora – Grécia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-13 09:04:41]. Disponível em
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