grupo de pressão
Os grupos de pressão ganharam um estatuto preponderante nas sociedades capitalistas e democráticas ocidentais, a partir dos anos 50 do século XX.
Estudados em especial na Economia e na Ciência Política, ganharam relevo também na Sociologia. Dizem respeito a conjuntos de indivíduos ou organizações, tratados frequentemente como "unidades portadoras e mobilizadoras da ação coletiva", que orientam as suas ações no sentido da satisfação de interesses comuns.
A definição da pressão do grupo passa, assim, pela avaliação do seu poder concreto de condicionar a ação e a tomada de decisão de outros grupos e do próprio Governo. A capacidade de levar por diante a realização dos seus interesses depende, principalmente, da sua forma de organização interna, no que respeita à regulação dos interesses de cada membro. De facto, um grupo pequeno, desde que organizado e controlador de uma área estratégica, pode ser um forte condicionador da vontade de grandes grupos, principalmente quando estes não são portadores de interesses específicos e se encontram desorganizados internamente, o que faz deles quase "grupos esquecidos".
Os grupos cujo interesse fundamental é económico (por exemplo, associações empresariais e comerciais) são, geralmente, grupos de exclusão, no sentido em que tendem a fechar-se e a privilegiar o menor número de membros, o que se explica pelo facto de cada membro desejar a maior parte possível do bem conseguido.
Todavia, existem grupos de inclusão cujos interesses são tipicamente de carácter cultural ou social (exemplo de associações ambientais, associações de consumidores, entre outros), nos quais o comportamento é contrário ao anterior.
Ocorre perguntar: o que fará o indivíduo permanecer ativo num destes grupos, de forma a que este apareça na sociedade com forte poder de negociação? Para Olson, nem as teorias assentes na filosofia política de Dewey, ligadas ao pluralismo, nem a economia institucional de John Commons, nem as teorias modernas sobre os grupos (Bentley, Truman e Lathan) conseguem explicar cabalmente tal paradoxo.
Olson explica-o assim: o poder do grupo, a sua força reivindicativa, que pode ir até à defesa de interesses contrários aos que estiveram na sua origem, assenta na forma como o grupo gere as tendências egoístas e altruístas dos seus membros, em especial quando o grupo é grande e estes membros não se conhecem, o que implica maiores investimentos de cooperação.
Esse modo de regulação de interesses supõe, por sua vez, a capacidade de conseguir um equilíbrio certo entre a sua função de negociação e representação política, a sua capacidade de coerção e o carácter dos incentivos seletivos que é capaz de propor e de fornecer aos membros, os quais se traduzem, assim, num subproduto que pode englobar benefícios culturais, recreativos ou económicos.
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