Grutas de Alvados

As Grutas de Alvados, situadas na Serra dos Candeeiros, em Leiria, em Portugal, foram descobertas ocasionalmente em 1964 por trabalhadores das pedreiras de calcário locais. Os homens foram alertados pela longa queda de umas pedras que movimentaram inadvertidamente. A queda demorada através de um algar deu para perceber que se tratava de um espaço bastante profundo.
Desde logo os trabalhadores, equipados com cordas e lanternas, prepararam uma descida às grutas e encontraram diversas salas de estalactites e estalagmites ligadas entre si. De imediato divulgaram a sua descoberta.
Nos dois anos seguintes, centenas de trabalhadores escavaram túneis de acesso às grutas, que foram também dotadas de esquemas de iluminação destinados a permitir a visualização das suas salas de estalactites e estalagmites, dos seus lagos e das suas colunas. Há também galerias e poços com luz natural. Um deles, com mais de 40 metros de profundidade, tem acumulado no seu fundo alguns ossos de animais que lá tombaram.
As Grutas de Alvados, que podem ser visitadas diariamente, têm estalactites e estalagmites com mais de dois metros
Após a entrada na gruta, o primeiro ponto de interesse do percurso encontrado pelos visitantes é o chamado Lago das Maravilhas, seguindo-se a Sala das Estátuas e a Sala da Bela Adormecida. A seguir, na caminhada pelas Grutas de Alvados, os visitantes passam pela Sala dos Ciprestes, pelo Lago da Ponte e, antes do túnel de saída, pelo Planeta Maravilhoso, que dá a ideia de uma paisagem lunar.
As Grutas de Alvados estão situadas no Maciço Calcário Estremenho, uma área com cerca de 900 quilómetros quadrados com rochas calcárias muito compactas e duras.
A ação da água sobre o calcário leva a que a nível subterrâneo se criem os algares, aberturas naturais verticais que, ocasionalmente, se desenvolvem na profundidade em sistemas de galerias, salas e poços, ou seja, grutas. Foi o que sucedeu no caso de Alvados.