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Guiné
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Geografia
País da África Ocidental, oficialmente designado por República da Guiné. É banhado pelo oceano Atlântico a oeste e faz fronteira com a Guiné-Bissau a noroeste, o Senegal a norte, o Mali a norte e a leste, a Costa do Marfim a sudeste, e a Libéria e a Serra Leoa a sul. As principais cidades são Conakri, a capital, com 1 851 800 habitantes (2004), Kankan (113 900 hab.), Nzérékoré (122 100 hab.), Kindia (108 000 hab.) e Kissidougou (55 900 hab.).
Geograficamente, a Guiné encontra-se dividida em quatro regiões. A Baixa Guiné, que não é mais que a zona costeira no Sudoeste, caracteriza-se por extensas planícies arenosas, onde se encontram inúmeros lagos e pântanos. Fouta Djallon, região montanhosa que vem desde as planícies costeiras até elevações acima dos 900 metros, onde se destaca o monte Loura, com 1515 metros de altitude, constitui também a região de origem dos três maiores rios da África Ocidental: Níger, Senegal e Gâmbia. A Alta Guiné compreende as planícies do Níger, no Nordeste do território. Finalmente, a Região Florestal inclui as terras altas florestais, isoladas, no Sudeste, onde se encontra o ponto mais alto do país, o monte Nimba, com 1752 metros.
Bandeira da Guiné
Artesanato guineense
Moagem do sorgo para fabrico de farinha
Mercado
Clima
O país possui um clima tropical húmido, com a estação das chuvas a durar cerca de seis meses.
Economia
Embora a terra arável ocupe apenas 3% do total do território, a agricultura é o principal setor da economia, ocupando 78% da população ativa e constituindo 24% do PIB. A produção consiste em bananas, café, ananás, óleo-de-palma, amendoim, citrinos, mandioca, arroz e milho, tudo isto complementado com a criação de gado, nomeadamente a raça bovina Ndama (resistente à mosca tsé-tsé), para além de ovelhas, cavalos e galinhas. A exportação de produtos agrícolas diminuiu fortemente, com exceção da do café.
Outra atividade de grande importância é a exploração mineira, pois constitui 1/4 do PIB e 90% do total das exportações. A Guiné é o segundo maior produtor mundial de bauxite (com 1/4 das reservas mundiais). Possui também grandes jazidas de diamantes, pedras preciosas, minério de ferro e de ouro, este último extraído, principalmente, do rio Níger. O país é conhecido pela inexploração das suas riquezas minerais, sendo designado como o "escândalo geológico". Por outro lado, quer a pesca (que tem um potencial reconhecido), quer as restantes indústrias encontram-se subdesenvolvidas, registando-se, neste setor, escassez de matérias-primas e de trabalhadores especializados. Os principais parceiros comerciais da Guiné são a Bélgica, a França, os Estados Unidos da América e a Costa do Marfim.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 0,2.
População
Em 2006, tinha uma população de  9 690 222  habitantes para um território com 245 857 km2, o que equivale a uma densidade populacional de 38,51 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 41,76%o e 15,48%o. A esperança média de vida é de 49,5 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,425 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 12 571 000 habitantes. Os principais grupos étnicos são os Fulas (40%), os Mandingas (26%), os Susu (11%) e os Kissi (7%). Em termos religiosos, os muçulmanos são largamente maioritários, com 87%. A língua oficial é o francês.
História
A Guiné tem a sua origem histórica nos movimentos migratórios dos Susu (c. 900 d. C.) que, vindos do deserto do Sara, tomaram conta do então território dos Baga, vindo a dominar, já no século XIII, terras ao longo da costa. Só no século XV se deram os primeiros contactos com os europeus, através de navegadores portugueses interessados no comércio de escravos. Mais tarde, entra na História do país a tribo dos Fulas, ao conquistarem a região de Fouta Djallon. Aliás, esta tribo viria a assumir um papel bastante importante na implantação da religião islâmica, quando o emir dos Fulas resolveu iniciar uma guerra santa para converter toda a população do território ao Islão (1725 - século XIX).
Entretanto, a partir do século XVII, os Franceses começaram a penetrar no rio Nunez, mas seria Portugal a controlar a maior parte das rotas comerciais até ao século XIX, altura em que a França se estabeleceu, definitivamente, em Nunez, ponto de partida para a pretensão francesa de transformar a Guiné em seu protetorado. Tal viria a acontecer em 1849, ficando o território a ser conhecido por Riviera do Sul e coadministrado com o Senegal. Em 1890, a Riviera do Sul separa-se do Senegal, passando a chamar-se Guiné Francesa, para, em 1895, integrar a África Ocidental Francesa.
No início do século XX, a colónia foi alargada com as terras da margem direita do rio Níger, com terras do interior da Serra Leoa e da Libéria, e pela cedência de Los Islands pelos Britânicos. Após a Segunda Guerra Mundial, a Guiné viu o seu estatuto mudar para território ultramarino francês, situação que não duraria muito, já que em 1958, através da ação de Ahmed Sékou Touré (que viria a ser presidente da República até 1984), proclamaria a independência, integrando, no mesmo ano, a Organização das Nações Unidas. Em 1984, com a morte de Touré, originou-se um período de instabilidade política que levou a um golpe de Estado liderado por militares. Formou-se então o Comité Militar para a Recuperação Nacional, sob a liderança do coronel Lansana Couté, que viria a ocidentalizar toda a nação, com base no multipartidarismo e na economia de mercado.
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Como referenciar
Porto Editora – Guiné na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-10 22:08:01]. Disponível em
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