Ibrahim Rugova
Governante do Kosovo, nasceu a 2 de dezembro de 1944, em Cerrcë, no Kosovo, na altura uma província da Albânia, tendo falecido a 21 de janeiro de 2006, em Pristina, quando era presidente do Kosovo.
Depois de se ter licenciado em Filosofia na Universidade Pristina, Rugova estudou Letras em Paris, na Universidade da Sorbonne. Posteriormente deu aulas de literatura albanesa, tendo ainda escrito algumas obras literárias.
Ainda em Pristina foi jornalista e publicou diversos estudos literários e de História.
O seu envolvimento com a política começou em 1989, quando foi eleito presidente da associação de escritores do Kosovo, uma das principais organizações que se opôs ao regime dominante da Sérvia, que sucedeu ao domínio jugoslavo, iniciado pouco depois da Segunda Guerra Mundial. Ainda em 1989, depois das autoridades sérvias, lideradas por Slobodan Milosevic, terem acabado com a autonomia kosovar na Sérvia, Rugova e alguns companheiro fundaram a Liga Democrática do Kosovo (LDK). Este partido defendia o recurso a meios pacíficos para obter a independência em relação à Sérvia.
Durante a década de 90, ganhou o respeito e a admiração dos seus conterrâneos, tendo sido eleito duas vezes presidente dos governos-sombra do Kosovo. Entre as ações da LDK destacavam-se o boicote às instituições sérvias e o estabelecimento de uma administração de etnia albanesa em escolas e hospitais.
Rugova sempre defendeu a resistência passiva, sem recurso às armas, e obteve o apoio da maioria da população, assustada com o que sucedeu na Bósnia e na Croácia durante a guerra da Jugoslávia. No entanto, em 1995, nos acordos de paz de Dayton, o Kosovo ficou de fora, o que levou ao surgimento de movimentos que defendiam ações militares de revolta. Mesmo com o Kosovo em convulsão, quase em estado de guerra civil, Rugova manteve a sua opção pela resistência pacífica, o que lhe valeu, em 1998, a atribuição do Prémio Sakharov pelo Parlamento Europeu.
Entretanto, todas a tentativas de alcançar a paz na região falharam, levando à intervenção das Nações Unidas para acabar com a Guerra do Kosovo.
Em 1999, durante a Guerra do Kosovo, Rugova foi sequestrado pelo regime de Milosevic e obrigado a aparecer na televisão a defender a assinatura de um tratado de paz com os líderes sérvios. Acabou por ir para o exílio em Itália e regressou ao Kosovo em 2000, quando o território já era administrado pelas Nações Unidas.
Ainda em 2000 a LDK ganhou as eleições e a 4 de março de 2002 Ibrahim Rugova foi designado pelo parlamento presidente do Kosovo, tendo ocupado o cargo até 21 de janeiro de 2006, quando faleceu vítima de cancro.
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