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Igreja da Misericórdia de Beja
A igreja da Misericórdia de Beja, fundada em 1500, esteve instalada na Igreja de Sta. Maria da Feira, até mudar para o edifício renascentista, que tinha sido construído de raiz para funcionar como mercado. Dada a qualidade arquitetural do edifício, o Infante D. Luís (filho de D. Manuel I) não deixou que este fosse ocupado para essa finalidade.
Preparada para funcionar como mercado, recebeu para a sua nova função religiosa uma série de remodelações.
Para ser adaptado ao culto, o monumento foi aumentado com uma nave transversal, mais larga que as já existentes. O exterior do edifício é composto por um grande pórtico de arcos plenos - três na fachada e dois nos flancos -, sustentados por pilastras adossadas a volumosos pilares. Este trecho arquitetónico é rematado por um parapeito de cantaria, enquadrado por molduras ressaltadas e coroado, axialmente e no seguimento dos pilares, por esferas. No acrescento da nave surgem paredes rasgadas por janelas.
Interiormente, desenhando uma planta quadrada, a igreja reparte-se em três naves que se subdividem em seis tramos, cobertos por abóbadas nervuradas, com as suas ramificações multiplicando-se a partir dos robustos apoios das colunas e pilares coríntios, descarregando no último tramo diretamente sobre os muros laterais e do fundo. Neste, axialmente, rasga-se uma porta renascentista, com frontão triangular rematado por cruz, permitindo a entrada às salas anexas.
Do seu recheio apenas restam duas obras, hoje guardadas no Museu Rainha D. Leonor - uma pintura maneirista do terceiro quartel do século XVI, representando a Descida da Cruz, da autoria do pintor eborense António Nogueira e ainda um púlpito.
Profanada a igreja, esta foi, a partir do século passado, utilizada para diversos e insólitos fins, reconvertida nessa altura em oficinas dos serviços camarários. Foi somente com a intervenção da D.G.E.M.N, em 1940, que se restituiu dignidade a este monumento de Beja.
Preparada para funcionar como mercado, recebeu para a sua nova função religiosa uma série de remodelações.
Para ser adaptado ao culto, o monumento foi aumentado com uma nave transversal, mais larga que as já existentes. O exterior do edifício é composto por um grande pórtico de arcos plenos - três na fachada e dois nos flancos -, sustentados por pilastras adossadas a volumosos pilares. Este trecho arquitetónico é rematado por um parapeito de cantaria, enquadrado por molduras ressaltadas e coroado, axialmente e no seguimento dos pilares, por esferas. No acrescento da nave surgem paredes rasgadas por janelas.
Interiormente, desenhando uma planta quadrada, a igreja reparte-se em três naves que se subdividem em seis tramos, cobertos por abóbadas nervuradas, com as suas ramificações multiplicando-se a partir dos robustos apoios das colunas e pilares coríntios, descarregando no último tramo diretamente sobre os muros laterais e do fundo. Neste, axialmente, rasga-se uma porta renascentista, com frontão triangular rematado por cruz, permitindo a entrada às salas anexas.
Do seu recheio apenas restam duas obras, hoje guardadas no Museu Rainha D. Leonor - uma pintura maneirista do terceiro quartel do século XVI, representando a Descida da Cruz, da autoria do pintor eborense António Nogueira e ainda um púlpito.
Profanada a igreja, esta foi, a partir do século passado, utilizada para diversos e insólitos fins, reconvertida nessa altura em oficinas dos serviços camarários. Foi somente com a intervenção da D.G.E.M.N, em 1940, que se restituiu dignidade a este monumento de Beja.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja da Misericórdia de Beja na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 15:07:22]. Disponível em
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