Igreja de N. Sra. da Assunção
A quinhentista Igreja de N. S. da Assunção, situada na íngreme praça principal de Elvas, funcionou como Sé Catedral até 1881, ano em que foi suprimida esta diocese, desempenhando presentemente as funções de Igreja Matriz desta cidade alentejana.
A atual igreja veio substituir uma outra que os documentos mencionam já a partir do século XIV. A sua edificação arrancou próximo do ano de 1517, no período de D. Manuel I, e arrastou-se ao longo do século XVI, vindo a sofrer adições diversas no século XVII e seguinte que modificaram parte da sua linguagem manuelina. Os planos de construção deste templo têm sido atribuídos ao arquiteto Francisco de Arruda.
Para vencer a inclinação entre a praça e a igreja foi construída uma escadaria frontal, de dois lances desiguais. A fachada apresenta um profundo nártex de grande vão circular, protegendo um portal em mármore e de linhas clássicas, e é dominada por robusta torre sineira quadrangular e com cobertura piramidal, ladeada por fortes calabres cónicos. O corpo intermédio da fachada apresenta um varandim com duas portas rematadas por frontões triangulares, enquadrando um grande óculo sem rosácea. Lateralmente, os beirais são coroados por ameias chanfradas e as paredes são marcadas por contrafortes pinaculares com gárgulas fantásticas; inferiormente, rasgam-se dois belos portais manuelinos de arcos polilobados.
De maiores dimensões a central, as três naves são marcadas pelos cinco tramos de arcarias, assentes em pilares de quatro colunas adossadas. A sua cobertura é formada por abóbadas de nervuras com pinturas e que partem de decoradas mísulas, ostentando heráldica de D. Manuel I e motivos antropomórficos. As chaves da abóbada central apresentam lavores escultóricos, com simbólica heráldica manuelina e outra alusiva à cidade de Elvas. Um clerestório contínuo rasga a empena da nave axial e ilumina o seu interior, enquanto as naves laterais recebem luz provinda de óculos superiores parietais.
Os altares e retábulos barrocos da igreja são produzidos em mármores de Estremoz. Sobressai o da capela-mor, obra setecentista com retábulo da autoria de José Francisco de Abreu, contendo uma pintura da santa padroeira e que foi realizada pelo italiano Lorenzo Gramiera. O retábulo de Sto. António é enriquecido por uma tela antoniana e da autoria do pintor barroco Bento Coelho da Silveira. Azulejos seiscentistas padronizados e policromos - em tons de azul, amarelo e branco - revestem rodapés e paredes da igreja e ainda o batistério e a sacristia.
Suspenso na parede da entrada está o magnífico órgão de soberba talha rocaille, obra datada de 1777 e realizada pelo italiano Pascoal Caetano Oldoni.
A sala do Cabido, dependência iniciada em 1609 e concluída apenas em finais de Setecentos, apresenta notável decoração dos tetos com pintura do século XVIII, composta por laçarias contracurvadas e movimentados motivos florais e vegetalistas. Vários painéis elípticos e retangulares possuem telas com pinturas alegóricas simbolizando a Realeza, a Temperança, a Fortaleza e a Prudência, enquanto outros apresentam temas paisagísticos.
A atual igreja veio substituir uma outra que os documentos mencionam já a partir do século XIV. A sua edificação arrancou próximo do ano de 1517, no período de D. Manuel I, e arrastou-se ao longo do século XVI, vindo a sofrer adições diversas no século XVII e seguinte que modificaram parte da sua linguagem manuelina. Os planos de construção deste templo têm sido atribuídos ao arquiteto Francisco de Arruda.
Para vencer a inclinação entre a praça e a igreja foi construída uma escadaria frontal, de dois lances desiguais. A fachada apresenta um profundo nártex de grande vão circular, protegendo um portal em mármore e de linhas clássicas, e é dominada por robusta torre sineira quadrangular e com cobertura piramidal, ladeada por fortes calabres cónicos. O corpo intermédio da fachada apresenta um varandim com duas portas rematadas por frontões triangulares, enquadrando um grande óculo sem rosácea. Lateralmente, os beirais são coroados por ameias chanfradas e as paredes são marcadas por contrafortes pinaculares com gárgulas fantásticas; inferiormente, rasgam-se dois belos portais manuelinos de arcos polilobados.
De maiores dimensões a central, as três naves são marcadas pelos cinco tramos de arcarias, assentes em pilares de quatro colunas adossadas. A sua cobertura é formada por abóbadas de nervuras com pinturas e que partem de decoradas mísulas, ostentando heráldica de D. Manuel I e motivos antropomórficos. As chaves da abóbada central apresentam lavores escultóricos, com simbólica heráldica manuelina e outra alusiva à cidade de Elvas. Um clerestório contínuo rasga a empena da nave axial e ilumina o seu interior, enquanto as naves laterais recebem luz provinda de óculos superiores parietais.
Os altares e retábulos barrocos da igreja são produzidos em mármores de Estremoz. Sobressai o da capela-mor, obra setecentista com retábulo da autoria de José Francisco de Abreu, contendo uma pintura da santa padroeira e que foi realizada pelo italiano Lorenzo Gramiera. O retábulo de Sto. António é enriquecido por uma tela antoniana e da autoria do pintor barroco Bento Coelho da Silveira. Azulejos seiscentistas padronizados e policromos - em tons de azul, amarelo e branco - revestem rodapés e paredes da igreja e ainda o batistério e a sacristia.
Suspenso na parede da entrada está o magnífico órgão de soberba talha rocaille, obra datada de 1777 e realizada pelo italiano Pascoal Caetano Oldoni.
A sala do Cabido, dependência iniciada em 1609 e concluída apenas em finais de Setecentos, apresenta notável decoração dos tetos com pintura do século XVIII, composta por laçarias contracurvadas e movimentados motivos florais e vegetalistas. Vários painéis elípticos e retangulares possuem telas com pinturas alegóricas simbolizando a Realeza, a Temperança, a Fortaleza e a Prudência, enquanto outros apresentam temas paisagísticos.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de N. Sra. da Assunção na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-26 13:17:43]. Disponível em
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