Igreja de N. Sra. do Cardal
Situada em Pombal e nascida na sequência do cumprimento de um voto feito em 1707 pelo conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, N. Sra. do Cardal era a igreja do extinto Convento de Santo António. Foi, presumivelmente, construída no local da antiga e desaparecida Capela da Senhora de Jerusalém - pequeno templo que originou as tradicionais "Fogaças" da região.
A fachada, bem proporcionada e caracterizada por amplos panos, enquadra-se perfeitamente no tipo arquitetónico veiculado no início do reinado de D. João V. As seccionadas pilastras integradas no paramento sucedem-se a um ritmo cadenciado, animado por largos janelões e nichos preenchidos por figuração escultórica. A sábia conjugação dos vãos com cimalhas, fogaréus e frontão curvo bipartido, rodeado de volumosas aletas e sobrepujado por cruz, contribui para a criação de forte e robusto impulso ascencional. Sobre a porta de acesso ao templo está uma inscrição latina com a data e a atribuição da sua edificação.
O interior apresenta planta cruciforme e ostenta abóbadas de meia-cúpula, tanto a nível do amplo transepto como da capela-mor, embora a nave também seja abobadada. As linhas que definem as abóbadas são de franca pedraria, bem contrastante com a alvenaria das paredes que enquadram também a sanca e os cunhais.
Na capela-mor concentramos de imediato a nossa atenção no retábulo de pétreas colunas salomónicas com trono que alberga moderna escultura de Santo António de Lisboa. Nas paredes são visíveis dois nichos escavados na pedra, onde repousam as imagens devocionais de S. Luís e de S. Boaventura, bons exemplares de madeira do século XVIII. Sob estes dois armários de pedra, destinados aos Santos Óleos, os altares do cruzeiro possuem frontais de pedra, destacando-se no da Epístola um vigoroso S. José com o Menino nos braços, do século XVIII, em madeira estofada, impregnada de movimento, e ainda uma Virgem de pedra, já dos finais do século XVI.
Na nave abre-se, do lado do Evangelho, capela com um Crucificado e um Senhor Morto no frontal de altar. De maior significado é a da Epístola, que, de 1782 a 1856, albergou o túmulo do marquês de Pombal, data em que o seu terceiro neto o trasladou para a Ermida das Mercês, em Lisboa. Uma lápide brasonada na parede esquerda da capela assim o assinala. O seu altar inclui belíssimo retábulo em pedra de Ançã e filiado no Renascimento coimbrão - quatro singelas pilastras encimadas por capitéis enquadram o espaço formado por três nichos de fundo em concha. No do lado esquerdo ergue-se a encantadora escultura isenta, em pedra e policromada, atribuída ao escultor quinhentista francês João de Ruão (último terço do século XVI). Supõe-se que o retábulo seja originário da destruída Igreja de Santa Maria do Castelo.
A fachada, bem proporcionada e caracterizada por amplos panos, enquadra-se perfeitamente no tipo arquitetónico veiculado no início do reinado de D. João V. As seccionadas pilastras integradas no paramento sucedem-se a um ritmo cadenciado, animado por largos janelões e nichos preenchidos por figuração escultórica. A sábia conjugação dos vãos com cimalhas, fogaréus e frontão curvo bipartido, rodeado de volumosas aletas e sobrepujado por cruz, contribui para a criação de forte e robusto impulso ascencional. Sobre a porta de acesso ao templo está uma inscrição latina com a data e a atribuição da sua edificação.
O interior apresenta planta cruciforme e ostenta abóbadas de meia-cúpula, tanto a nível do amplo transepto como da capela-mor, embora a nave também seja abobadada. As linhas que definem as abóbadas são de franca pedraria, bem contrastante com a alvenaria das paredes que enquadram também a sanca e os cunhais.
Na nave abre-se, do lado do Evangelho, capela com um Crucificado e um Senhor Morto no frontal de altar. De maior significado é a da Epístola, que, de 1782 a 1856, albergou o túmulo do marquês de Pombal, data em que o seu terceiro neto o trasladou para a Ermida das Mercês, em Lisboa. Uma lápide brasonada na parede esquerda da capela assim o assinala. O seu altar inclui belíssimo retábulo em pedra de Ançã e filiado no Renascimento coimbrão - quatro singelas pilastras encimadas por capitéis enquadram o espaço formado por três nichos de fundo em concha. No do lado esquerdo ergue-se a encantadora escultura isenta, em pedra e policromada, atribuída ao escultor quinhentista francês João de Ruão (último terço do século XVI). Supõe-se que o retábulo seja originário da destruída Igreja de Santa Maria do Castelo.
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Porto Editora – Igreja de N. Sra. do Cardal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 03:36:13]. Disponível em
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