Igreja de S. Sebastião
A Igreja de S. Sebastião foi edificada no século XVI na cidade algarvia de Lagos, que integra o território nacional desde os meados do século XIII. Foi sede do Governo das Armas do Algarve desde o reinado de D. Afonso V até ao terramoto de 1775, sismo que atingiu gravemente a cidade, destruindo a maioria das suas edificações. Lagos foi um local de grande importância na época dos Descobrimentos e foi daqui que D. Sebastião partiu para Alcácer Quibir.
A igreja, embora grandiosa, é uma construção de traçado simples. Impõe-se na arquitetura exterior da fachada o portal renascentista, composto por duas colunas rematadas por pináculos que emolduram o arco de volta perfeita, assente em pilastras da ordem jónica, bem assim como uma outra porta situada na fachada sul e que se filia na mesma gramática construtiva e decorativa da Renascença. Esta é formada por duas pilastras lavradas que têm representadas no lintel cabeças de anjos aladas e, no intradorso, alberga duas curiosas representações antropomórficas - uma mulher e um homem. Esta estrutura serve de moldura também a um arco de volta perfeita ornado com motivos fitomórficos, zoomórficos e antropomórficos. Ao centro tem adossado um escudete com a representação de uma ave.
Interiormente, o templo divide-se em três naves, sendo a central mais elevada, separadas por arcaria de colunas dóricas. Ao fundo da nave central observa-se a capela-mor, mandada construir pelo bispo D. João de Melo em 1467, onde se encontram representadas as suas armas nos capitéis das colunas. As capelas colaterais, também renascentistas, são compostas por arcos de volta perfeita sobrepujados por frontões triangulares e tetos divididos em painéis.
Digno de nota, ainda no interior, é o belo revestimento do silhar em azulejos de padrões variados, dos séculos XVII-XVIII.
Na imaginária destaca-se uma imagem barroca de N. S. da Glória, de grandes dimensões, e um tosco crucifixo que, segundo a lenda, terá sido levado com os portugueses aquando da fatídica jornada de Alcácer Quibir. Do século XVII existe um pálio em cetim branco bordado a seda amarela e uma custódia-cálice em prata com tintinábulos. Possui ainda esta igreja um cofre eucarístico em pintura de charão e com embutidos de madrepérola, uma estante setecentista de madeira entalhada e um castiçal do círio pascal em madeira torneada.
A igreja, embora grandiosa, é uma construção de traçado simples. Impõe-se na arquitetura exterior da fachada o portal renascentista, composto por duas colunas rematadas por pináculos que emolduram o arco de volta perfeita, assente em pilastras da ordem jónica, bem assim como uma outra porta situada na fachada sul e que se filia na mesma gramática construtiva e decorativa da Renascença. Esta é formada por duas pilastras lavradas que têm representadas no lintel cabeças de anjos aladas e, no intradorso, alberga duas curiosas representações antropomórficas - uma mulher e um homem. Esta estrutura serve de moldura também a um arco de volta perfeita ornado com motivos fitomórficos, zoomórficos e antropomórficos. Ao centro tem adossado um escudete com a representação de uma ave.
Interiormente, o templo divide-se em três naves, sendo a central mais elevada, separadas por arcaria de colunas dóricas. Ao fundo da nave central observa-se a capela-mor, mandada construir pelo bispo D. João de Melo em 1467, onde se encontram representadas as suas armas nos capitéis das colunas. As capelas colaterais, também renascentistas, são compostas por arcos de volta perfeita sobrepujados por frontões triangulares e tetos divididos em painéis.
Na imaginária destaca-se uma imagem barroca de N. S. da Glória, de grandes dimensões, e um tosco crucifixo que, segundo a lenda, terá sido levado com os portugueses aquando da fatídica jornada de Alcácer Quibir. Do século XVII existe um pálio em cetim branco bordado a seda amarela e uma custódia-cálice em prata com tintinábulos. Possui ainda esta igreja um cofre eucarístico em pintura de charão e com embutidos de madrepérola, uma estante setecentista de madeira entalhada e um castiçal do círio pascal em madeira torneada.
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Como referenciar
Igreja de S. Sebastião na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$igreja-de-s.-sebastiao [visualizado em 2025-07-19 12:44:36].
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