Igreja de S. Vicente (Guarda)
A Igreja de S. Vicente da cidade da Guarda localiza-se na Rua Direita. Trata-se de um templo barroco reconstruído em 1790, sob o patrocínio do bispo D. Jerónimo Rogado de Carvalhal e Silva, eclesiástico que fora transferido em 1772 da diocese de Portalegre para a da Guarda.
O risco de arquitetura desta igreja setecentista foi realizado por António Fernandes Rodrigues, bolseiro em Itália e que, após o ano de 1781, ocuparia a vaga de professor de desenho da Casa Pia. Este artista mulato viria a falecer em 1804.
A Igreja de S. Vicente é uma obra tardia do Barroco do século XVIII, imbuída de algumas características próprias da igreja militante saída do Concílio de Trento. Erguia-se numa zona ampla e dominadora, tinha a sua cabeceira mais elevada do que o corpo da igreja e estava orientada para Oriente. O valor catequético do programa iconográfico da sua decoração acentuava essa vertente de fé militante e comovente.
A fachada possui alguma imponência, sem no entanto atingir a movimentada profusão decorativa do barroco. O portal é obra de aparato, composto por colunas quadrangulares reentrantes e assentes em pedestais, suportando um frontão interrompido de linhas curvas e volutas, inserindo-se no centro uma cartela emoldurada com relevos fitomórficos e coroada por um reentrante frontão mistilíneo. Acima desta, rasga-se um janelão que estabelece a iluminação interior. A frontaria é delimitada por duas torres sineiras.
Constituída por uma só nave coberta por telhado de madeira, a Igreja de S. Vicente possui um notável conjunto de historiados painéis de azulejos policromos, obra "rocaille" do último quartel do século XVIII e que são atribuídos ao ceramista de Coimbra, Sousa Carvalho.
O ciclo de painéis de azulejos narram episódios da vida de Cristo, da Virgem e ainda reproduzem emblemas cristológicos, emoldurados por uma riquíssima e assimétrica decoração de concheados, cartelas e elementos arquitetónicos, onde predominam o azul manganês, o amarelo e o branco.
Assim, na entrada observa-se a Fuga para o Egito enquanto na zona da pia batismal se conta o episódio do Batismo de Cristo.
As paredes da nave da igreja são forradas com episódios marianos e cristológicos, narrando, entre outros acontecimentos, a "Anunciação", a "Visitação" ou ainda "A Adoração dos Reis Magos".
O percurso narrativo prolonga-se na capela-mor, onde se notam cenas da Paixão e Morte de Cristo. Abaixo das janelas da ousia, um painel assinala os símbolos do Martírio de Jesus Cristo.
O risco de arquitetura desta igreja setecentista foi realizado por António Fernandes Rodrigues, bolseiro em Itália e que, após o ano de 1781, ocuparia a vaga de professor de desenho da Casa Pia. Este artista mulato viria a falecer em 1804.
A Igreja de S. Vicente é uma obra tardia do Barroco do século XVIII, imbuída de algumas características próprias da igreja militante saída do Concílio de Trento. Erguia-se numa zona ampla e dominadora, tinha a sua cabeceira mais elevada do que o corpo da igreja e estava orientada para Oriente. O valor catequético do programa iconográfico da sua decoração acentuava essa vertente de fé militante e comovente.
A fachada possui alguma imponência, sem no entanto atingir a movimentada profusão decorativa do barroco. O portal é obra de aparato, composto por colunas quadrangulares reentrantes e assentes em pedestais, suportando um frontão interrompido de linhas curvas e volutas, inserindo-se no centro uma cartela emoldurada com relevos fitomórficos e coroada por um reentrante frontão mistilíneo. Acima desta, rasga-se um janelão que estabelece a iluminação interior. A frontaria é delimitada por duas torres sineiras.
Constituída por uma só nave coberta por telhado de madeira, a Igreja de S. Vicente possui um notável conjunto de historiados painéis de azulejos policromos, obra "rocaille" do último quartel do século XVIII e que são atribuídos ao ceramista de Coimbra, Sousa Carvalho.
O ciclo de painéis de azulejos narram episódios da vida de Cristo, da Virgem e ainda reproduzem emblemas cristológicos, emoldurados por uma riquíssima e assimétrica decoração de concheados, cartelas e elementos arquitetónicos, onde predominam o azul manganês, o amarelo e o branco.
Assim, na entrada observa-se a Fuga para o Egito enquanto na zona da pia batismal se conta o episódio do Batismo de Cristo.
As paredes da nave da igreja são forradas com episódios marianos e cristológicos, narrando, entre outros acontecimentos, a "Anunciação", a "Visitação" ou ainda "A Adoração dos Reis Magos".
O percurso narrativo prolonga-se na capela-mor, onde se notam cenas da Paixão e Morte de Cristo. Abaixo das janelas da ousia, um painel assinala os símbolos do Martírio de Jesus Cristo.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de S. Vicente (Guarda) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-29 00:07:47]. Disponível em
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