Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos
A Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos poderá ter sido erguida, ou reconstruída, pelos monges-cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada, a quem D. Afonso Henriques terá dado a proteção da vila em finais do terceiro quartel do século XII. Alguns historiadores atribuem a sua fundação à época de D. Sancho I (finais do século XII).
Com a passagem destas terras para a coroa no século XV, a freguesia passou para a Casa dos Duques de Aveiro e nela permaneceu, até o último membro desta casa ter morrido às ordens do Marquês de Pombal.
Para escapar às pestes quinhentista, o rei D. Manuel I refugiou-se em Arruda dos Vinhos, povoado onde as epidemias não chegaram a entrar. No sentido de retribuir esta benesse, D. Manuel I mandou restaurar o templo, com nova invocação a N. Sra. da Salvação. Grande parte das obras só se efetuaram após a morte do monarca, resultando daí uma mescla de elementos arquitetónicos característicos do gosto manuelino e muitos trechos já renascentistas. Novas intervenções se realizaram nos séculos XVII e XVIII, juntando assim ao templo outra linguagem artística.
A fachada nobre é animada por um portal manuelino e, lateralmente, por uma torre sineira rematada por coruchéu do século XVI. O portal é delimitado lateralmente por duas pilastras, onde se inscrevem duas figuras humanas renascentistas, rematadas por agulhas. O lintel descreve um arco recortado, moldurado por um outra que termina em radiantes cogulhadas.
No interior, o templo é formado por três naves separadas por elegantes arcos plenos, de arestas chanfradas, assentes em colunas, cujos capitéis apresentam ornamentação manuelina, de cariz naturalista. No andar superior da nave definem-se uma série de altas janelas, estabelecendo a iluminação do templo. As paredes das naves são forradas por azulejos seiscentistas, de ponta em diamante, e outros setecentistas em azul e branco. Os painéis azulejares mais trabalhados são os dedicados a S. Jorge e a S. Cristóvão.
A capela lateral direita, dedicada primeiramente a S. Francisco de Assis e, mais tarde, a S. Sacramento, ostenta um retábulo de talha dourada e verde e ainda pinturas seiscentistas. Nas paredes destacam-se os policromados painéis azulejares do século XVIII, versando sobre cenas da vida de S. Francisco. Nas capelas colaterais, o destaque vai para as suas coberturas com abóbadas nervuradas.
Na capela-mor, um retábulo barroco em talha dourada guarda, ao centro, a imagem medieval de N. Sra. da Salvação. As paredes laterais são revestidas por azulejos barrocos, a que se sobrepuseram pinturas do século XVI. No entanto, a obra mais notável da ousia é o frontal de altar, revestido por azulejos hispano-árabes e sevilhanos.
Grande parte do espólio desta igreja foi roubado no século XIX pelas tropas francesas, salvando-se contudo várias interessantes esculturas, com particular destaque para uma N. Sra. da Piedade, em pedra policromada, uma imagem do século XV que é notável pelos seus panejamentos e pelo tratamento dado ao rosto da Virgem.
Com a passagem destas terras para a coroa no século XV, a freguesia passou para a Casa dos Duques de Aveiro e nela permaneceu, até o último membro desta casa ter morrido às ordens do Marquês de Pombal.
Para escapar às pestes quinhentista, o rei D. Manuel I refugiou-se em Arruda dos Vinhos, povoado onde as epidemias não chegaram a entrar. No sentido de retribuir esta benesse, D. Manuel I mandou restaurar o templo, com nova invocação a N. Sra. da Salvação. Grande parte das obras só se efetuaram após a morte do monarca, resultando daí uma mescla de elementos arquitetónicos característicos do gosto manuelino e muitos trechos já renascentistas. Novas intervenções se realizaram nos séculos XVII e XVIII, juntando assim ao templo outra linguagem artística.
A fachada nobre é animada por um portal manuelino e, lateralmente, por uma torre sineira rematada por coruchéu do século XVI. O portal é delimitado lateralmente por duas pilastras, onde se inscrevem duas figuras humanas renascentistas, rematadas por agulhas. O lintel descreve um arco recortado, moldurado por um outra que termina em radiantes cogulhadas.
No interior, o templo é formado por três naves separadas por elegantes arcos plenos, de arestas chanfradas, assentes em colunas, cujos capitéis apresentam ornamentação manuelina, de cariz naturalista. No andar superior da nave definem-se uma série de altas janelas, estabelecendo a iluminação do templo. As paredes das naves são forradas por azulejos seiscentistas, de ponta em diamante, e outros setecentistas em azul e branco. Os painéis azulejares mais trabalhados são os dedicados a S. Jorge e a S. Cristóvão.
A capela lateral direita, dedicada primeiramente a S. Francisco de Assis e, mais tarde, a S. Sacramento, ostenta um retábulo de talha dourada e verde e ainda pinturas seiscentistas. Nas paredes destacam-se os policromados painéis azulejares do século XVIII, versando sobre cenas da vida de S. Francisco. Nas capelas colaterais, o destaque vai para as suas coberturas com abóbadas nervuradas.
Na capela-mor, um retábulo barroco em talha dourada guarda, ao centro, a imagem medieval de N. Sra. da Salvação. As paredes laterais são revestidas por azulejos barrocos, a que se sobrepuseram pinturas do século XVI. No entanto, a obra mais notável da ousia é o frontal de altar, revestido por azulejos hispano-árabes e sevilhanos.
Grande parte do espólio desta igreja foi roubado no século XIX pelas tropas francesas, salvando-se contudo várias interessantes esculturas, com particular destaque para uma N. Sra. da Piedade, em pedra policromada, uma imagem do século XV que é notável pelos seus panejamentos e pelo tratamento dado ao rosto da Virgem.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-22 08:04:26]. Disponível em
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