Impacto da Reforma Católica em Portugal
Materializados num movimento de cariz social, político e religioso intitulado Contrarreforma, os preceitos emanados pelo Concílio de Trento tiveram como intuito provocar uma revolução da sociedade da altura a diversos níveis.
Apesar da Inquisição ter surgido ainda no século XV em Espanha e em 1532 em Portugal, a pedido do rei D. João III, era nesta altura mais uma ferramenta política que reguladora do cumprimento dos preceitos da Fé cristã. Assim, foi a partir de 1549 que se incrementaram os processamentos sob a acusação de heresia, datando de dois anos antes o primeiro Índex de Portugal, cuja aplicação não era demasiado rígida. A chegada dos padres da Companhia de Jesus em 1540 iniciou um processo de missionação em terras portuguesas ultramarinas e de apoderamento das mais importantes estruturas educacionais. Estas tinham estado, mais ou menos, sob a alçada de simpatizantes do Humanismo e mesmo de Erasmo, tendo transitado para a direção de jesuítas, progressivamente, o Colégio Real (1555) e o Colégio da Artes da Universidade de Coimbra (1565), além da fundação por parte desta Companhia do Colégio do Espírito Santo de Évora (em 1555, tornando-se em 1559 universidade). Os preceitos do Concílio de Trento chegaram a Portugal em 1564, sintetizados e sistematizados no "Catecismo da Doutrina Cristã" de Fr. Bartolomeu dos Mártires, que esteve presente no dito Concílio. Durante todo o século XVI assistiu-se a um domínio completo do país pela Inquisição e pela Companhia de Jesus, sustentado pelo favorecimento da monarquia (note-se a influência espanhola, durante a união ibérica de 1580-1640). A censura às obras escritas complexificou-se, sendo emitidas listas de obras proibidas cada vez mais frequentes e extensas. Esta situação terminou apenas com as medidas repressivas do ministro de D. José.
Deve-se ainda mencionar o aspeto artístico, uma vez que o catolicismo da Contrarreforma se serviu do esplendor da arte barroca para atrair os fiéis à luz da Verdade, destacando-se em Portugal o Convento de Mafra e a igreja de Santa Engrácia.
Apesar da Inquisição ter surgido ainda no século XV em Espanha e em 1532 em Portugal, a pedido do rei D. João III, era nesta altura mais uma ferramenta política que reguladora do cumprimento dos preceitos da Fé cristã. Assim, foi a partir de 1549 que se incrementaram os processamentos sob a acusação de heresia, datando de dois anos antes o primeiro Índex de Portugal, cuja aplicação não era demasiado rígida. A chegada dos padres da Companhia de Jesus em 1540 iniciou um processo de missionação em terras portuguesas ultramarinas e de apoderamento das mais importantes estruturas educacionais. Estas tinham estado, mais ou menos, sob a alçada de simpatizantes do Humanismo e mesmo de Erasmo, tendo transitado para a direção de jesuítas, progressivamente, o Colégio Real (1555) e o Colégio da Artes da Universidade de Coimbra (1565), além da fundação por parte desta Companhia do Colégio do Espírito Santo de Évora (em 1555, tornando-se em 1559 universidade). Os preceitos do Concílio de Trento chegaram a Portugal em 1564, sintetizados e sistematizados no "Catecismo da Doutrina Cristã" de Fr. Bartolomeu dos Mártires, que esteve presente no dito Concílio. Durante todo o século XVI assistiu-se a um domínio completo do país pela Inquisição e pela Companhia de Jesus, sustentado pelo favorecimento da monarquia (note-se a influência espanhola, durante a união ibérica de 1580-1640). A censura às obras escritas complexificou-se, sendo emitidas listas de obras proibidas cada vez mais frequentes e extensas. Esta situação terminou apenas com as medidas repressivas do ministro de D. José.
Deve-se ainda mencionar o aspeto artístico, uma vez que o catolicismo da Contrarreforma se serviu do esplendor da arte barroca para atrair os fiéis à luz da Verdade, destacando-se em Portugal o Convento de Mafra e a igreja de Santa Engrácia.
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Como referenciar
Porto Editora – Impacto da Reforma Católica em Portugal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-17 20:59:52]. Disponível em
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