Imprensa em Portugal até ao século XVII
O aparecimento da imprensa em Portugal coincide com a Restauração. A Gazeta da Restauração, que apareceu em Lisboa em novembro de 1641, é considerada o primeiro periódico português e tinha como objetivo relatar as notícias deste período, marcando, desta forma, o início da propaganda política da nação. Em menor escala relatava ainda a vida quotidiana lisboeta.
Com o final da guerra dos Trinta Anos, as nações começaram a consciencializar-se das lutas em favor da hegemonia política da Europa e dos seus sucessos, para daí estabelecerem comparações. Diminuíam assim a distância geográfica e identificavam-se com estes sucessos.
Assim, a imprensa periódica portuguesa tornou-se um veículo capaz de transmitir as notícias da história dos povos.
A Gazeta teve, assim, a seu cargo a difusão das notícias de Portugal e das que vinham de fora, tornando-se, desta maneira, o principal órgão informativo da Restauração. Era publicada mensalmente e impressa na oficina de Lourenço de Antuérpia, tendo o privilégio real.
Este periódico era muito rico em notícias que chegavam do estrangeiro, ao mesmo tempo que veiculava as notícias do reino de Portugal, permitindo aos que estavam longe do reino conhecer os rumos da administração pública portuguesa e da vida da corte. Era este o conceito de patriotismo. Porém, as notícias relatadas não exerciam grande influência sobre a diplomacia portuguesa, para além de, muitas vezes, serem contraditórias, criando discórdias que afetavam a política interna.
De 19 de agosto a outubro de 1642, a Gazeta foi suspensa, aparecendo a partir desta data só com notícias do estrangeiro e, a 27 de setembro de 1647, foi extinta.
Até 1663 circularam algumas folhas com o noticiário da guerra da Restauração. Em janeiro daquele ano apareceu o Mercúrio Português de influência marcadamente francesa, sendo o seu redator o diplomata António de Sousa de Macedo, que surgiu na época mais conturbada da Restauração, quando era necessário incutir nos portugueses a esperança da próxima vitória. Manteve as mesmas características da Gazeta, isto é, as notícias do reino e da sua guerra com Espanha, propaganda da guerra e poucas notícias mundanas, embora já tivesse um cariz político acentuado.
Porém, o objetivo do Mercúrio era mais lato: pretendia junto das nações europeias, principalmente a França, fazer pressão sobre a Espanha no sentido de deixar de hostilizar Portugal.
Publicado mensalmente, muitas vezes incluía suplementos com notícias importantes.
Em julho de 1667, o Mercúrio Português desapareceu. Com a exceção da publicação, em Lisboa, do primeiro semanário português, o Mercúrio da Europa, em 1689, que só incluía notícias do estrangeiro, não existiu qualquer outra publicação periódica até ao final do século XVII.
Com o final da guerra dos Trinta Anos, as nações começaram a consciencializar-se das lutas em favor da hegemonia política da Europa e dos seus sucessos, para daí estabelecerem comparações. Diminuíam assim a distância geográfica e identificavam-se com estes sucessos.
Assim, a imprensa periódica portuguesa tornou-se um veículo capaz de transmitir as notícias da história dos povos.
A Gazeta teve, assim, a seu cargo a difusão das notícias de Portugal e das que vinham de fora, tornando-se, desta maneira, o principal órgão informativo da Restauração. Era publicada mensalmente e impressa na oficina de Lourenço de Antuérpia, tendo o privilégio real.
Este periódico era muito rico em notícias que chegavam do estrangeiro, ao mesmo tempo que veiculava as notícias do reino de Portugal, permitindo aos que estavam longe do reino conhecer os rumos da administração pública portuguesa e da vida da corte. Era este o conceito de patriotismo. Porém, as notícias relatadas não exerciam grande influência sobre a diplomacia portuguesa, para além de, muitas vezes, serem contraditórias, criando discórdias que afetavam a política interna.
De 19 de agosto a outubro de 1642, a Gazeta foi suspensa, aparecendo a partir desta data só com notícias do estrangeiro e, a 27 de setembro de 1647, foi extinta.
Até 1663 circularam algumas folhas com o noticiário da guerra da Restauração. Em janeiro daquele ano apareceu o Mercúrio Português de influência marcadamente francesa, sendo o seu redator o diplomata António de Sousa de Macedo, que surgiu na época mais conturbada da Restauração, quando era necessário incutir nos portugueses a esperança da próxima vitória. Manteve as mesmas características da Gazeta, isto é, as notícias do reino e da sua guerra com Espanha, propaganda da guerra e poucas notícias mundanas, embora já tivesse um cariz político acentuado.
Porém, o objetivo do Mercúrio era mais lato: pretendia junto das nações europeias, principalmente a França, fazer pressão sobre a Espanha no sentido de deixar de hostilizar Portugal.
Publicado mensalmente, muitas vezes incluía suplementos com notícias importantes.
Em julho de 1667, o Mercúrio Português desapareceu. Com a exceção da publicação, em Lisboa, do primeiro semanário português, o Mercúrio da Europa, em 1689, que só incluía notícias do estrangeiro, não existiu qualquer outra publicação periódica até ao final do século XVII.
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Como referenciar
Porto Editora – Imprensa em Portugal até ao século XVII na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 15:13:53]. Disponível em
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