Inéditos e Esparsos
Volume póstumo, prefaciado por Sousa Viterbo, que reúne textos inéditos ou dispersos de Júlio Dinis pela imprensa. Incluindo uma carta de Castilho a Júlio Dinis e apontamentos biográficos do editor, a obra está dividida em cinco secções: "Notas" (compreendendo anotações, cartas de Xavier de Novais, transcrições de autores como Thackeray e Deschanel, reflexões sobre o romance de costumes); "Ideias que me ocorrem"; "Escritos incompletos" (contendo fragmentos de textos dramáticos e narrativos inacabados); "Cartas literárias" (englobando as cartas assinadas sob o pseudónimo Diana de Aveleda, algumas publicadas no Jornal do Porto, outras inéditas); "Cartas particulares" (reunindo a correspondência dirigida a familiares e escritores, como Herculano, Júlio de Castilho e Custódio Passos, entre outros).
Revestem-se de especial importância os textos de teorização literária reunidos sob o título "Ideias que me ocorrem", em que o autor expõe a arte do romance que aplicou nas suas obras: a conceção do romance como género "essencialmente popular"; o abandono do "excecional, o extravagante, o desregrado", em favor do "comum, o vulgar", em que o leitor se possa reconhecer; a defesa da "verdade" como "atributo essencial do romance bem compreendido"; a proposta de um estilo simples, claro, que se molde aos diferentes caracteres e situações; em suma, a reabilitação do "romance de imaginação" tal como ainda não tinha sido praticado em Portugal. Acerca dos desfechos trágicos e da razão por que os evitou nos seus romances, Júlio Dinis afirma: "Na vida real há disso; mas estes tristes acidentes da vida, quando entram no campo literário, precisam representar aí algum papel; doutra forma não são mais do que uma desagradável e cruel inutilidade."
Revestem-se de especial importância os textos de teorização literária reunidos sob o título "Ideias que me ocorrem", em que o autor expõe a arte do romance que aplicou nas suas obras: a conceção do romance como género "essencialmente popular"; o abandono do "excecional, o extravagante, o desregrado", em favor do "comum, o vulgar", em que o leitor se possa reconhecer; a defesa da "verdade" como "atributo essencial do romance bem compreendido"; a proposta de um estilo simples, claro, que se molde aos diferentes caracteres e situações; em suma, a reabilitação do "romance de imaginação" tal como ainda não tinha sido praticado em Portugal. Acerca dos desfechos trágicos e da razão por que os evitou nos seus romances, Júlio Dinis afirma: "Na vida real há disso; mas estes tristes acidentes da vida, quando entram no campo literário, precisam representar aí algum papel; doutra forma não são mais do que uma desagradável e cruel inutilidade."
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Como referenciar
Porto Editora – Inéditos e Esparsos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-17 13:48:37]. Disponível em
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