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Infante D. Fernando (1402-1443)
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Oitavo e último filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, nasceu em Santarém em 1402. Teve, como seus irmãos, a "Ínclita Geração", uma grande cultura, tendo recusado, em 1436, ser nomeado cardeal. Foi Mestre da Ordem de Avis.

Desejoso de ação, o infante D. Fernando e seu irmão, o infante D. Henrique, convenceram o rei D. Duarte, irmão de ambos, a fazer a expedição a Tânger, em 1437, que resultou num fracasso para a parte portuguesa. A expedição fora mal organizada, com forças pouco numerosas e com fraco armamento. Os Mouros, em maior número, cercaram as tropas portuguesas e destroçaram-nas, fazendo muitos prisioneiros. Como condição para libertar os portugueses, entre eles o infante D. Henrique, os Mouros impõem as suas condições: restituição de Ceuta; paz entre Portugal e Marrocos; o infante D. Fernando ficava como refém, como garantia do cumprimento das condições anteriores.

Reunidas as Cortes em Torres Novas, em 1438, deliberou-se não ceder às condições impostas pelos Mouros, não entregando Ceuta, sendo o infante D. Henrique um dos que se opuseram a essa cedência, o que condenava o infante D. Fernando ao cativeiro. Foram feitas várias tentativas para a sua libertação, que resultaram infrutíferas. Assim, o infante D. Fernando continuou prisioneiro dos mouros, sofrendo maus tratos e as maiores privações, vindo a falecer no cativeiro, em Fez, em 1443. Dado todo o sofrimento por que passou, ficou conhecido pelo cognome de "Infante Santo".

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Como referenciar
Porto Editora – Infante D. Fernando (1402-1443) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-30 21:15:31]. Disponível em

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