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Intel
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Tendo como nome a abreviatura de "Integrated Electronics", a Intel foi criada nos finais dos anos 60 por Bob Noyce e Gordon Moore com o intuito de pesquisar, desenvolver, construir e vender componentes para sistemas eletrónicos. Os seus fundadores souberam desde cedo obter os fundos necessários para manter a empresa no caminho do sucesso. Inicialmente a companhia começou por desenvolver memórias, sendo o seu primeiro produto comercial uma memória RAM batizada com o nome 3101 que apresentava um desempenho moderado. No entanto, algo estava para acontecer que ia alterar o rumo da empresa. A companhia japonesa Busicom, que produzia máquinas de calcular, encomenda à Intel o desenvolvimento de 12 novos chips. Apesar de não ter verba nem potencial humano para realizar tal tarefa, a Intel aceita o desafio sem saber ainda como o haveria de resolver. É então que Ted Hoff, engenheiro da empresa, surge com uma solução brilhante. Ted Hoff sugere que em vez de se desenvolverem 12 diferentes novos circuitos, deveria desenvolver-se apenas um que pudesse funcionar como os 12. Bob Noyce e Gordon Moore aprovam e financiam a ideia. Nove meses mais tarde, em 1971, nasce o primeiro microprocessador da INTEL que foi batizado com o nome 4004. Apesar de possuir cerca de 2300 transístores, o 4004 era extremamente pequeno e possuía um poder computacional equivalente ao ENIAC. O novo circuito poderia ser utilizado não só em máquinas de calcular como em quase todos os produtos possuidores de componentes eletrónicos. Nesta altura a Intel começou a publicitar a sua invenção por forma a surgirem cada vez mais utilizações práticas para o microprocessador 4004. Várias empresas passaram a utilizar o microprocessador nos seus produtos e surgiram até novas empresas que desenvolviam produtos baseados no microprocessador. As vendas do 4004 começaram a aumentar vertiginosamente, produzindo lucros colossais.
Com os lucros obtidos e uma filosofia de investigação inerente à criação da empresa, a Intel propôs-se aumentar as capacidades do seu invento, criando desde então vários microprocessadores. Alguns dos mais importantes foram: o microprocessador 8008, criado em 1972 e com o dobro do poder do 4004. Em 1974 o 8080, em 1978 o 8086 e o 8088. Em 1982 a Intel lança o 286, também conhecido como 80286, o primeiro microprocessador com capacidade de executar todo o software escrito para os seus antecessores, dando origem ao conceito de família de processadores. Em 1985 lança o 386, em 1989 lança o 486, em 1993 lança o Pentium, em 1995 lança o Pentium Pro, em 1997 lança o Pentium II, em 1999 o Pentium III e no final de 2002 o Pentium IV.
Em 2003 foi apresentada a plataforma Centrino, denominada Intel® Centrino Mobile Technology, que considera a combinação específica do processador, da placa-mãe e WI-FI na arquitetura de um portátil. Esta tecnologia permite melhorar a rapidez, aumentar a autonomia e reduzir o peso do portátil.
Logótipo da Intel® Centrino™ Mobile Technology
Placa-mãe ou motherboard Intel Pentium III
Um processador Pentium®, desenvolvido pela Intel
Parte indispensável dessa plataforma era o novo processador Pentium-M (M de "mobile"), que estava otimizado para uma ótima eficiência energética, conseguindo, com velocidades de funcionamento relativamente baixas, obter desempenhos similares aos de um processador Pentium IV com velocidade muito superior.
Em 2006 a Intel lança os processadores "Core" e "Core 2", a 32 e 64 bits, marcando assim um anunciado afastamento da marca "Pentium". O Core 2 passou a ser disponibilizado na versão "Core 2 Duo", um processador com dois "cores" ou núcleos, e está prevista ainda para 2007 a versão "Quad", equipada com quatro "cores".
Em junho de 2007 a Intel voltou atrás com a decisão de abandonar o título "Pentium", ao disponibilizar o "Pentium Dual-Core", um processador a 64 bits orientado para um segmento mais económico, entre os Celeron e os Core 2 Duo.
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Como referenciar
Porto Editora – Intel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-28 06:32:15]. Disponível em

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