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intervencionismo
O intervencionismo é um sistema político e económico caracterizado pela produção desenvolvida pela iniciativa privada mas regulada pelo Estado através de mecanismos interventivos. Distingue-se do socialismo, em que a produção se desenvolve por iniciativa do governo. O papel do Estado no intervencionismo exerce-se até onde houver interesse da sociedade. O Estado deverá então assumir aquilo que a iniciativa privada não assumir. O Estado intervencionista procura o equilíbrio entre os direitos sociais e os direitos individuais, coordenando as atividades essenciais de manutenção da sociedade e promovendo a justiça social, sem ser necessariamente socialista. Os mercados não são capazes de se auto-equilibrar, pelo que não se deve adotar uma política de "laissez faire", pelo que os governos deverão ter um papel permanente nas economias, através, por exemplo, da adoção de políticas económicas estimulantes e seguras para o investimento, para o aumento do consumo, de forma a promover o emprego. O intervencionismo, na senda de John Maynard Keynes ganhou forte alento com a Grande Depressão e a aplicação do New Deal, por F. D. Roosevelt, nos EUA, para superar os trágicos efeitos da Grande Depressão na economia americana. Não será o intervencionismo soviético, em que o governo tudo comanda, regula e detém, mas acima de tudo a procura da melhor combinação entre a iniciativa privada e a ação do governo, sem "desenvolvimentos estatistas", por um lado, ou liberalizações de mercado totais, como a que redundou precisamente na Grande Depressão, onde faltou Estado e sobejou iniciativa privada desregulada.
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Porto Editora – intervencionismo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 09:10:40]. Disponível em
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