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Isabel II
Filha do rei Jorge VI (1895-1952) e de Elizabeth Bowes-Lyon (1900-2002), Isabel II nasceu em Londres (Inglaterra) a 21 de abril de 1926 e morreu em Balmoral (Escócia) a 8 de setembro de 2022. Quarta soberana da Casa de Windsor, ocupou o trono por mais de 70 anos, no que foi o mais longo reinado da história do Reino Unido.
Quando nasceu, os seus pais (casados em 1923) eram ainda duques de York e não esperavam vir a reinar. No entanto, em dezembro de 1936 tudo se modificou, quando o recém-coroado rei Eduardo VIII abdicou do trono (para poder casar com a norte-americana Wallis Simpson, divorciada), fazendo com que seu irmão Alberto se tornasse no novo monarca sob o nome de Jorge VI, passando a sua sobrinha Isabel a ser a princesa herdeira. Isabel foi educada no palácio de Buckingham e no castelo de Windsor por precetores privados (como a sua avó paterna, a rainha Maria), tendo recebido um conjunto de lições de História, Direito, Arte e Música. Em 1942 ascendeu ao posto de coronel do Corpo de Granadeiros e em 1944 substituiu o seu pai no Conselho de Estado, que superintendia à guerra contra a Alemanha.
Nesse mesmo ano deslocou-se a Itália para inspecionar a frente inglesa no ataque Aliado naquele país. Nem Isabel nem a sua irmã Margarida (1930-2002), apesar dos apelos para tal, abandonaram Inglaterra como medida de precaução face aos bombardeamentos da Luftwaffe alemã sobre Londres. Como princesa herdeira que era e com uma consciência de Estado notável, ainda antes da maioridade Isabel assumiu responsabilidades públicas e humanitárias, como a de presidente do Hospital Infantil Queen Elizabeth, em Hackney, e da Sociedade Nacional para a Prevenção da Violência Infantil. Em 1945 integrou até, como subalterna, o Serviço de Auxílio Territorial (ATS). Depois da Guerra, entre fevereiro e abril de 1947, deslocou-se à África do Sul na sua primeira viagem oficial ao estrangeiro.
Em 20 de novembro desse mesmo ano casou com o tenente da Royal Navy Filipe de Mountbatten (1921-2021), na abadia de Westminster.
Filipe era filho do príncipe André da Grécia e da princesa Alice de Battenberg, sendo sobrinho do vice-rei da Índia Lord Louis Mountbatten e tetraneto da rainha Vitória. Primo afastado de Isabel, portanto, renunciou aos seus direitos sobre o trono grego em 1944 e, em fevereiro de 1947, ao título de príncipe da Grécia e da Dinamarca.
O casal, que adotou o título de duques de Edimburgo e tinha a dignidade de pares do Reino, recebeu a Ordem da Jarreteira, a mais alta condecoração britânica. Tiveram quatro filhos: Carlos (Charles Philip Arthur George), nascido em 1948, duque da Cornualha e de Rothesay, conde de Chester e de Carrick, barão de Renfrew e desde julho de 1958 príncipe de Gales e herdeiro do trono (casou em 29 de julho de 1981 com Lady Diana Spencer, de quem se divorciou em 1996, um ano antes da morte desta, tendo o casal tido dois filhos, Guilherme, futuro príncipe de Gales, nascido em 1982, e Henrique, nascido em 1984); Ana (Anne Elizabeth Alice Louise), nascida em 1950, princesa da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e princesa real; André (Andrew Albert Christian Edward), príncipe da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, duque de York, nascido em 1960; Eduardo (Edward Anthony Richard Louis), nascido em 1964, príncipe da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e conde de Wessex. Com 25 anos de idade, Isabel foi proclamada rainha do Reino Unido, da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, por ocasião da morte de seu pai em 6 de fevereiro de 1952 (achava-se a princesa em visita oficial ao Quénia quando tomou conhecimento da notícia). Em 2 de junho de 1953 foi solenemente coroada na abadia de Westminster como a quarta soberana da Casa de Windsor. Enquanto chefe máxima da Commonwealth, no jubileu de ouro de 2002, passou a ser chefe de Estado nominal dos outros quinze países (para além do Reino Unido) pertencentes a esta estrutura pan-britânica que não instauraram o regime republicano (Antígua e Barbuda, Austrália, Baamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Saint Kitt's & Nevis, São Vicente e as Granadinas, Santa Lucia e Tuvalu). Isabel II foi também chefe nominal de muitas outras antigas colónias inglesas que, após a independência, aderiram ao regime republicano (Fiji, Gâmbia, Gana, Guiana, Quénia, Malawi, Malta, Maurícia, Nigéria, Paquistão, Zimbabwe, Serra Leoa, África do Sul, Sri Lanka, Tanzânia, Trinidad e Tobago e Uganda). Ao longo do seu reinado, que se estendeu da idade industrial à era da internet, trabalhou com 15 primeiros-ministros britânicos, protagonizou dezenas de visitas oficiais (incluído a Portugal, em duas ocasiões: 1957 e 1985) e construiu uma popularidade que a consagrou como um símbolo consensual de unidade nacional.
Nesse mesmo ano deslocou-se a Itália para inspecionar a frente inglesa no ataque Aliado naquele país. Nem Isabel nem a sua irmã Margarida (1930-2002), apesar dos apelos para tal, abandonaram Inglaterra como medida de precaução face aos bombardeamentos da Luftwaffe alemã sobre Londres. Como princesa herdeira que era e com uma consciência de Estado notável, ainda antes da maioridade Isabel assumiu responsabilidades públicas e humanitárias, como a de presidente do Hospital Infantil Queen Elizabeth, em Hackney, e da Sociedade Nacional para a Prevenção da Violência Infantil. Em 1945 integrou até, como subalterna, o Serviço de Auxílio Territorial (ATS). Depois da Guerra, entre fevereiro e abril de 1947, deslocou-se à África do Sul na sua primeira viagem oficial ao estrangeiro.
Em 20 de novembro desse mesmo ano casou com o tenente da Royal Navy Filipe de Mountbatten (1921-2021), na abadia de Westminster.
Filipe era filho do príncipe André da Grécia e da princesa Alice de Battenberg, sendo sobrinho do vice-rei da Índia Lord Louis Mountbatten e tetraneto da rainha Vitória. Primo afastado de Isabel, portanto, renunciou aos seus direitos sobre o trono grego em 1944 e, em fevereiro de 1947, ao título de príncipe da Grécia e da Dinamarca.
O casal, que adotou o título de duques de Edimburgo e tinha a dignidade de pares do Reino, recebeu a Ordem da Jarreteira, a mais alta condecoração britânica. Tiveram quatro filhos: Carlos (Charles Philip Arthur George), nascido em 1948, duque da Cornualha e de Rothesay, conde de Chester e de Carrick, barão de Renfrew e desde julho de 1958 príncipe de Gales e herdeiro do trono (casou em 29 de julho de 1981 com Lady Diana Spencer, de quem se divorciou em 1996, um ano antes da morte desta, tendo o casal tido dois filhos, Guilherme, futuro príncipe de Gales, nascido em 1982, e Henrique, nascido em 1984); Ana (Anne Elizabeth Alice Louise), nascida em 1950, princesa da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e princesa real; André (Andrew Albert Christian Edward), príncipe da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, duque de York, nascido em 1960; Eduardo (Edward Anthony Richard Louis), nascido em 1964, príncipe da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte e conde de Wessex. Com 25 anos de idade, Isabel foi proclamada rainha do Reino Unido, da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, por ocasião da morte de seu pai em 6 de fevereiro de 1952 (achava-se a princesa em visita oficial ao Quénia quando tomou conhecimento da notícia). Em 2 de junho de 1953 foi solenemente coroada na abadia de Westminster como a quarta soberana da Casa de Windsor. Enquanto chefe máxima da Commonwealth, no jubileu de ouro de 2002, passou a ser chefe de Estado nominal dos outros quinze países (para além do Reino Unido) pertencentes a esta estrutura pan-britânica que não instauraram o regime republicano (Antígua e Barbuda, Austrália, Baamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Saint Kitt's & Nevis, São Vicente e as Granadinas, Santa Lucia e Tuvalu). Isabel II foi também chefe nominal de muitas outras antigas colónias inglesas que, após a independência, aderiram ao regime republicano (Fiji, Gâmbia, Gana, Guiana, Quénia, Malawi, Malta, Maurícia, Nigéria, Paquistão, Zimbabwe, Serra Leoa, África do Sul, Sri Lanka, Tanzânia, Trinidad e Tobago e Uganda). Ao longo do seu reinado, que se estendeu da idade industrial à era da internet, trabalhou com 15 primeiros-ministros britânicos, protagonizou dezenas de visitas oficiais (incluído a Portugal, em duas ocasiões: 1957 e 1985) e construiu uma popularidade que a consagrou como um símbolo consensual de unidade nacional.
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Como referenciar
Porto Editora – Isabel II na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-19 15:11:46]. Disponível em
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