Jacques Morelenbaum
Compositor e produtor brasileiro, Jacques Morelenbaum nasceu em 1954, no Rio de Janeiro, no Brasil.
Filho do maestro Henrique Morelenbaum e da professora de piano Sarah Morelenbaum, não admira que, desde tenra idade, tenha sido vocacionado para as artes musicais, estudando violoncelo, música de câmara, direção artística, composição e análise, ainda no Brasil, e, mais tarde, ingressando na New England Conservatory of Music.
No conservatório britânico, estudou violoncelo com Madaleine Foley, uma discípula de Pablo Casals.
No regresso ao Brasil e vencendo algum conservadorismo do cenário da música popular, trouxe o violoncelo ao grupo A Barca do Sol. Nesse período, Jacques Morelenbaum tem oportunidade de experimentar a fusão da estruturação clássica e do formalismo da sua formação académica com o estilo escorreito da escrita de música ligeira.
O coletivo estabeleceria um estado pioneiro da música progressiva no Brasil, ajudando ao crescimento de Morelenbaum como músico e arranjador.
Já em meados da década de oitenta, emancipando-se do espaço criativo d' A Barca do Sol, Jacques embarca num esforço cooperativo conjunto com Egberto Gismonti que viria a culminar numa série de composições para pequenas orquestras, bailados e filmes.
É também nesta época que integra a Banda Nova, desde 1984, em suporte a António Carlos Jobim, fazendo parte do elenco das gravações de António Brasileiro, título editado em 1994 e que seria agraciado com um Grammy. A parceria com Jobim não se esgotaria aí, pois viria, ainda a fazer parte do Quarteto Jobim Morelenbaum, fundado uns tempos antes, com Tom Jobim, o filho deste, Daniel Jobim, e a esposa de Jacques, Paul Morelenbaum.
O agrupamento continuaria a sua atividade, mesmo depois do perecimento de Tom Jobim, em 1994.
É também na década de noventa que Jacques se torna um colaborador recorrente do vanguardista japonês Ryuchi Sakamoto e do seu amigo de sempre, Caetano Veloso. Envolvido em vários projetos ao mesmo tempo, são conhecidos ainda os seus trabalhos como arranjador e produtor de artistas defensores de estilos tão diferentes como Daniela Mercury, Marisa Monte, Skank, Carlinhos Brown, Gabriel O Pensador, Elba Ramalho, Fernanda Abreu, Geraldo Azevedo, Gal Costa, Grupo Fundo de Quintal, Titãs e, fora do Brasil, Madredeus, Dulce Pontes, Mariza, os japoneses Gontiti e a cabo-verdiana Cesária Évora, entre muitos outros.
Entre os seus inúmeros trabalhos, uma nota também para as peças escritas para televisão e cinema.
Com Caetano Veloso, escreveu as trilhas sonoras de Tieta do Agreste (1996), O Quatrilho (1995) e Orfeu (1999). Para cinema, esteve associado à música de Central do Brasil (1998), A Paixão de Jacobina (2002) e Deus é Brasileiro (2004). Em 2002, com Sakamoto e Paula Morelenbaum, grava o disco Casa, uma sentida homenagem a Tom Jobim que conheceu enorme êxito comercial.
Discografia
1999, Quarteto Jobim Morelenbaum
2002, Casa
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