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Jean Honoré Fragonard
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Pintor francês, Jean Honoré Fragonard nasceu a 5 de abril de 1732, em Grasse, no sul de França. Aos dezoito anos iniciou os seus estudos de pintura, em Paris, com Jean-Baptiste Chardin. Posteriormente frequentou o atelier do famoso pintor barroco François Boucher, cuja obra o marcou significativamente. Em 1752, Fragonard ganhou o Prix de Rome, e foi estudar com o pintor Carle Van Loo. Quatro anos mais tarde iniciou a sua viagem por Itália, onde conheceu a obra pictórica de Giovanni Battista Tiepolo e de pintores romanos ligados ao período barroco, como Pietro da Cortona. Visitou ainda Veneza, Nápoles e outras cidades, sempre acompanhado pelo abade de S. Non. Realizou neste período inúmeros desenhos e ilustrações, assim como pinturas ligadas a temas religiosos e históricos.
Fragonard permaneceu em Itália por seis anos e, em 1765 voltou Paris, procurando trabalho no restrito círculo da corte de Luís XV. Neste ano realizou um desenho para reprodução em tapeçaria de Gobelins, por encomenda do próprio rei, denominado "Callinhoe".
Desenvolveu então um estilo pessoal, influenciado por Boucher, por Rubens e por Tiepolo, que se caracterizava pela frivolidade dos temas (cenas da vida contemporânea e do quotidiano da corte, representando geralmente damas da corte e seus amantes em poses elegantes e graciosas) e pelas composições requintadas, nas quais combinava linhas fluidas e curvas com um cromatismo cuidado e sensual. Tornou-se, nestes anos um dos expoentes máximos do estilo Rococó em França, assumindo-se como o mais original tradutor da atmosfera cortesã e idílica, altamente artificiosa e ociosa.
"O baloiço" de Fragonard
De entre as suas pinturas mais conhecidas salientam-se as séries de painéis decorativos realizados para o Castelo de Louveciennes, sob encomenda da famosa Madame du Barry, a favorita do rei Luís XV. Uma das suas obras primas, "O Baloiço", pintada aproximadamente em 1768, representa uma rapariga sentada num baloiço, imersa num jardim luxuriante e denso, enquanto o amante a observa. Esta figura, fortemente iluminada e acentuada por um cromatismo intenso em tons de vermelho, destaca-se do fundo verde, constituindo o foco da composição.
A Revolução Francesa, que estalou em 1789 destruiu o idílico mundo social assim como a clientela que suportava ideológica e esteticamente a pintura de Fragonard. Incapaz de acompanhar a evolução política e cultural da sociedade francesa pós-revolucionária, o pintor arruinou-se, vivendo os seus últimos anos de vida em situação de miséria.
Fragonard morreu em 22 de agosto de 1806, em Paris.
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Como referenciar
Jean Honoré Fragonard na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$jean-honore-fragonard [visualizado em 2025-06-25 02:14:45].

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