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Jean Nouvel
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Arquiteto francês, Jean Nouvel nasceu em 1945, em Fumel, na região Lot-et-Garonne, no sudoeste de França. Estudou arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris onde teve como mestres Claude Parent e Paul Virilio, concluindo o curso em 1971. Com Franços Seigneur estabelece o seu primeiro atelier em 1970. Realiza um conjunto de pequenos projetos de carácter eclético e cenográfico onde experimenta várias linguagens e é cofundador, com o crítico Georges Boudaille, das Bienais de Paris de Jovens Artistas.
Em 1980 realiza o projeto de renovação do teatro oitocentista de Belfort e mais tarde do Centro Cultural La Coupole (1981-1987) que assume a imagem de grande armazém ou de centro comercial. Em 1981 Nouvel vence o concurso para o projeto do Instituto do Mundo Árabe em Paris, um dos seus trabalhos mais conhecidos que, embora filiado na estética High Tech, cruza referências com a cultura arquitetónica tradicional árabe.
Uma visão muito pessoal do alojamento social, onde cruza a estética da indústria e dos materiais não revestidos com inovadoras tipologias em vários pisos, está representada no projeto dos edifícios de habitação Nemausus construídos em Nîmes (1985-1987).
O crescimento do volume de trabalho leva-o a procurar um novo sócio. Com a ajuda o arquiteto Emmanuel Cattani a atividade de Jean Nouvel internacionaliza-se. Participa em inúmeros concursos de que constam o enorme volume escultórico e sensual do projeto para a Ópera de Tóquio (1986), realizado em parceria com o designer Phillipe Starck ou a icónica ampliação da Ópera de Lyon 1986-1993). O carácter biológico e orgânico de muitas das suas soluções formais encontram-se emblematicamente representadas pelo Centro de Congressos de Tours (1989-1993). A atenção à especificidade dos sítios e ao valor paisagístico dos edifícios encontra grande requinte em alguns projetos para fábricas e para o Hotel de Bouliac, uma região rural, que retoma, com os seus volumes fragmentados e cobertura inclinada, a tipologia tradicional dessa zona.
A "Torre Sem Fim" (1989), um enorme arranha-céus para a zona da Défense, em Paris, explora a ideia de densidade da fachada como forma de introduzir a perceção de transparência gradual em direção ao céu.
O edifício Cartier (1991-1995) ou as Galerias Lafayette de Berlim (1991-1996) levam a um ponto ainda mais radical a conceção das transparências, dos reflexos e da sobreposição de grelhas e de tramas desenvolvidas no Instituto do Mundo Árabe.
Nouvel desenhou, para o Edifício Cartier, uma série de móveis designada Less, caracterizada pela estrema redução formal e total abstração das suas linhas, com a qual ganhou o prémio "Equerre d'Argent" de 1987.
De entre as várias distinções que lhe foram concedidas contam-se a de Cavaleiro das Artes e Letras, 1983, a de Cavaleiro da Ordem de Mérito de 1987, o Grand Prix de l'Architecture de 1987 e o Architectural Record Prize de 1990. Membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos desde 1993 e do Royal Institute of British Architects, desde 1995.
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Como referenciar
Porto Editora – Jean Nouvel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-13 22:07:31]. Disponível em