João Amaral
Político português nascido a 7 de dezembro de 1943, em Angra do Heroísmo, nos Açores, sendo descendente de uma família de camponeses da Beira Alta.
Durante a juventude, numa época em que Portugal estava numa situação de ditadura militar, integrou o Movimento Sindical Estudantil, órgão ligado ao Partido Comunista Português (PCP), na altura na clandestinidade. João Amaral inscreveu-se em 1963 no PCP.
No ano seguinte, foi estudar para a Universidade de Coimbra, onde em 1969 se formou em Direito. Durante este período, como ativista estudantil, esteve presente, nas crises académicas que enfrentaram a ditadura.
Cumpriu, posteriormente, o Serviço Militar Obrigatório e, entretanto, foi viver para o Porto. Em 1972, tornou-se secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do Porto, cargo que exerceu até 1974.
Após a Revolução do 25 de abril de 1974, João Amaral foi chefe de gabinete do Ministro do Trabalho, Avelino Gonçalves, no I Governo provisório. Repetiu a função no V Governo provisório, desta feita colaborando com o Ministro do Trabalho Costa Martins. Trabalhou ainda para os Secretários de Estado da Estruturação António Bica e Vítor Louro, do VI Governo provisório.
Entretanto, em 1976, entrou para o Parlamento para exercer o cargo de chefe de gabinete do PCP. Três anos depois tornou-se deputado, função que desempenhou pelo PCP até 2002. No seu último mandato foi vice-presidente da Assembleia da República.
Entretanto, em 1988, foi eleito pela primeira vez membro do Comité Central do PCP e esteve neste órgão durante catorze anos.
Paralelamente à carreira de deputado, foi também autarca a partir de 1989, ano em que assumiu a presidência da Assembleia Municipal de Lisboa, após umas eleições em que concorreu pela coligação PS/PCP. Apesar desta coligação, em 2001, ter perdido as eleições para Câmara de Lisboa para o PSD, João Amaral venceu na corrida à Assembleia Municipal e segurou o cargo. Nestas eleições autárquicas de 2001, o PCP perdeu várias câmaras importantes, facto que reforçou a vontade já antes demonstrada por João Amaral de promover uma renovação interna no partido comunista. Assim, escreveu artigos e deu entrevistas defendendo profundas mudanças. As suas ideias não foram bem aceites e o Comité Central do PCP acabou por o deixar fora das listas para as eleições legislativas de 2002. Por essa altura, publicou ainda um livro intitulado "Rumo à Mudança", onde reuniu artigos e entrevistas sobre as suas ideias de renovação.
João Amaral morreu a 10 de janeiro de 2003, vítima de doença prolongada.
Durante a juventude, numa época em que Portugal estava numa situação de ditadura militar, integrou o Movimento Sindical Estudantil, órgão ligado ao Partido Comunista Português (PCP), na altura na clandestinidade. João Amaral inscreveu-se em 1963 no PCP.
No ano seguinte, foi estudar para a Universidade de Coimbra, onde em 1969 se formou em Direito. Durante este período, como ativista estudantil, esteve presente, nas crises académicas que enfrentaram a ditadura.
Cumpriu, posteriormente, o Serviço Militar Obrigatório e, entretanto, foi viver para o Porto. Em 1972, tornou-se secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do Porto, cargo que exerceu até 1974.
Após a Revolução do 25 de abril de 1974, João Amaral foi chefe de gabinete do Ministro do Trabalho, Avelino Gonçalves, no I Governo provisório. Repetiu a função no V Governo provisório, desta feita colaborando com o Ministro do Trabalho Costa Martins. Trabalhou ainda para os Secretários de Estado da Estruturação António Bica e Vítor Louro, do VI Governo provisório.
Entretanto, em 1976, entrou para o Parlamento para exercer o cargo de chefe de gabinete do PCP. Três anos depois tornou-se deputado, função que desempenhou pelo PCP até 2002. No seu último mandato foi vice-presidente da Assembleia da República.
Entretanto, em 1988, foi eleito pela primeira vez membro do Comité Central do PCP e esteve neste órgão durante catorze anos.
Paralelamente à carreira de deputado, foi também autarca a partir de 1989, ano em que assumiu a presidência da Assembleia Municipal de Lisboa, após umas eleições em que concorreu pela coligação PS/PCP. Apesar desta coligação, em 2001, ter perdido as eleições para Câmara de Lisboa para o PSD, João Amaral venceu na corrida à Assembleia Municipal e segurou o cargo. Nestas eleições autárquicas de 2001, o PCP perdeu várias câmaras importantes, facto que reforçou a vontade já antes demonstrada por João Amaral de promover uma renovação interna no partido comunista. Assim, escreveu artigos e deu entrevistas defendendo profundas mudanças. As suas ideias não foram bem aceites e o Comité Central do PCP acabou por o deixar fora das listas para as eleições legislativas de 2002. Por essa altura, publicou ainda um livro intitulado "Rumo à Mudança", onde reuniu artigos e entrevistas sobre as suas ideias de renovação.
João Amaral morreu a 10 de janeiro de 2003, vítima de doença prolongada.
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Como referenciar
Porto Editora – João Amaral na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-15 23:19:02]. Disponível em
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