3 min
John Cale
Músico galês, filho de um mineiro e de uma professora, nasceu a 9 de março de 1942, em Garnant, Gales.
Na sua juventude, Cale foi estudar para Londres, onde frequentou a Academia Goldsmith para ter aulas de viola e piano. Foi nesta escola que acabou por tomar contacto com a música eletrónica.
Com 21 anos, John Cale ganhou uma bolsa de estudo e mudou-se para Massachusetts, nos Estados Unidos da América, onde estudou composição moderna no Conservatório Eastman. Pouco tempo depois, ainda em 1963, foi viver para Nova Iorque e aí juntou-se ao Dream Syndicate, um grupo de música de vanguarda. Neste período nova-iorquino participou num recital de piano que durou 18 horas, juntamente com o músico John Cage.
Em 1964, Cale conheceu Lou Reed. Estes dois músicos, juntamente com o guitarrista Sterling Morrison, fundaram nesse mesmo ano os The Velvet Underground, um grupo de rock de vanguarda que deixou marcas profundas no panorama da música internacional. Cale era o responsável pelo tipo de som produzido pelos The Velvet Underground e, portanto, pela introdução de elementos experimentais. Tocava baixo, viola e teclas e compunha algumas das canções.
Mas, no verão de 1968, o galês acabou por abandonar a banda, aparentemente por pressão de Lou Reed, que via o seu protagonismo como líder ameaçado pelo talento de Cale. Os Velvet Underground ainda duraram até 1973, mas já sem o lado experimental que Cale proporcionava.
John Cale, entretanto, passou a dedicar-se à produção de discos, tendo começado por trabalhar com Nico, ex-vocalista dos The Velvet Underground, e com os Stooges, em dois álbuns que foram lançados em 1969.
Em 1970, Cale iniciou a sua carreira a solo com o álbum Vintage Violence, curiosamente um trabalho pouco experimental já que incluía canções de estilo tradicional. Já o seu disco seguinte, Church of Anthrax, quase todo instrumental, mostrou ser mais radical e resultou de uma colaboração com o compositor minimalista Terry Riley.
Até ao final da década de 70, o som de Cale aproximou-se cada vez mais do rock puro, algo que se notava principalmente nos concertos, onde imperavam roupas extravagantes e poses teatrais e provocatórias. Nesta fase, um facto causou especial celeuma, quando Cale matou uma galinha em palco, durante um dos seus espetáculos.
Paralelamente, Cale continuava a produzir trabalhos de outros artistas, como Nico, Patti Smith e os Squeeze, para muitos críticos peças mais importantes do que os seus próprios discos.
Da produção discográfica da década de 70 e inícios da década de 80, apenas um trabalho merece nota de destaque. No álbum Music For A New Society (1982), Cale regressou à fórmula do primeiro disco e conseguiu alguns instantes de rara beleza sónica.
A partir de meados da década de 80 a produção própria de Cale decresceu bastante já que se dedicou mais a colaborações com outros músicos, sendo a mais significativa a conseguida com Brian Eno, que resultou no álbum Wrong Way Up, de 1990.
Nesse mesmo ano, Cale voltou a trabalhar com Lou Reed e gravaram Songs for Drella, um álbum de homenagem póstuma ao artista Andy Warhol, um dos mentores dos The Velvet Underground. Este trabalho foi bem aceite pela crítica e pelo público e levou a um regresso dos The Velvet Underground, em 1993, que originou uma digressão na Europa e um disco ao vivo. Mas, mais uma vez, a rivalidade entre Cale e Reed veio ao de cima e voltaram a separar-se.
Cale voltou a trabalhar a solo e concebeu, por exemplo, duas bandas sonoras interessantes: "I Shot Andy Warhol", de 1995, e "Basquiat", de 1996.
Mas a morte do guitarrista Sterling Morrison, em 1995, tinha servido para aproximar de novo Cale e Reed, que atuaram juntos quando os Velvet Undergorund passaram a integrar o Rock & Roll Hall of Fame, em 1996.
Já em 1998, John Cale lançou o CD Nico, um álbum de homenagem à entretanto falecida antiga vocalista dos The Velvet Underground.
Em 1999, John Cale voltou a estar envolvido numa banda sonora para o cinema, para o filme Le Vent De La Nuit. O regresso aos trabalhos originais de estúdio, aconteceria apenas em 2003, com o disco HoboSapiens. O álbum mereceu excelentes críticas, revelando um John Cale no seu melhor estilo iconoclasta, energético, elegante e inovador. A introdução de diversos samples marca uma nova etapa no som de Cale, resultando num dos melhores discos da sua carreira. Este disco não foi editado nos EUA.
Na sua juventude, Cale foi estudar para Londres, onde frequentou a Academia Goldsmith para ter aulas de viola e piano. Foi nesta escola que acabou por tomar contacto com a música eletrónica.
Com 21 anos, John Cale ganhou uma bolsa de estudo e mudou-se para Massachusetts, nos Estados Unidos da América, onde estudou composição moderna no Conservatório Eastman. Pouco tempo depois, ainda em 1963, foi viver para Nova Iorque e aí juntou-se ao Dream Syndicate, um grupo de música de vanguarda. Neste período nova-iorquino participou num recital de piano que durou 18 horas, juntamente com o músico John Cage.
Em 1964, Cale conheceu Lou Reed. Estes dois músicos, juntamente com o guitarrista Sterling Morrison, fundaram nesse mesmo ano os The Velvet Underground, um grupo de rock de vanguarda que deixou marcas profundas no panorama da música internacional. Cale era o responsável pelo tipo de som produzido pelos The Velvet Underground e, portanto, pela introdução de elementos experimentais. Tocava baixo, viola e teclas e compunha algumas das canções.
Mas, no verão de 1968, o galês acabou por abandonar a banda, aparentemente por pressão de Lou Reed, que via o seu protagonismo como líder ameaçado pelo talento de Cale. Os Velvet Underground ainda duraram até 1973, mas já sem o lado experimental que Cale proporcionava.
John Cale, entretanto, passou a dedicar-se à produção de discos, tendo começado por trabalhar com Nico, ex-vocalista dos The Velvet Underground, e com os Stooges, em dois álbuns que foram lançados em 1969.
Em 1970, Cale iniciou a sua carreira a solo com o álbum Vintage Violence, curiosamente um trabalho pouco experimental já que incluía canções de estilo tradicional. Já o seu disco seguinte, Church of Anthrax, quase todo instrumental, mostrou ser mais radical e resultou de uma colaboração com o compositor minimalista Terry Riley.
Até ao final da década de 70, o som de Cale aproximou-se cada vez mais do rock puro, algo que se notava principalmente nos concertos, onde imperavam roupas extravagantes e poses teatrais e provocatórias. Nesta fase, um facto causou especial celeuma, quando Cale matou uma galinha em palco, durante um dos seus espetáculos.
Paralelamente, Cale continuava a produzir trabalhos de outros artistas, como Nico, Patti Smith e os Squeeze, para muitos críticos peças mais importantes do que os seus próprios discos.
Da produção discográfica da década de 70 e inícios da década de 80, apenas um trabalho merece nota de destaque. No álbum Music For A New Society (1982), Cale regressou à fórmula do primeiro disco e conseguiu alguns instantes de rara beleza sónica.
A partir de meados da década de 80 a produção própria de Cale decresceu bastante já que se dedicou mais a colaborações com outros músicos, sendo a mais significativa a conseguida com Brian Eno, que resultou no álbum Wrong Way Up, de 1990.
Nesse mesmo ano, Cale voltou a trabalhar com Lou Reed e gravaram Songs for Drella, um álbum de homenagem póstuma ao artista Andy Warhol, um dos mentores dos The Velvet Underground. Este trabalho foi bem aceite pela crítica e pelo público e levou a um regresso dos The Velvet Underground, em 1993, que originou uma digressão na Europa e um disco ao vivo. Mas, mais uma vez, a rivalidade entre Cale e Reed veio ao de cima e voltaram a separar-se.
Cale voltou a trabalhar a solo e concebeu, por exemplo, duas bandas sonoras interessantes: "I Shot Andy Warhol", de 1995, e "Basquiat", de 1996.
Mas a morte do guitarrista Sterling Morrison, em 1995, tinha servido para aproximar de novo Cale e Reed, que atuaram juntos quando os Velvet Undergorund passaram a integrar o Rock & Roll Hall of Fame, em 1996.
Já em 1998, John Cale lançou o CD Nico, um álbum de homenagem à entretanto falecida antiga vocalista dos The Velvet Underground.
Em 1999, John Cale voltou a estar envolvido numa banda sonora para o cinema, para o filme Le Vent De La Nuit. O regresso aos trabalhos originais de estúdio, aconteceria apenas em 2003, com o disco HoboSapiens. O álbum mereceu excelentes críticas, revelando um John Cale no seu melhor estilo iconoclasta, energético, elegante e inovador. A introdução de diversos samples marca uma nova etapa no som de Cale, resultando num dos melhores discos da sua carreira. Este disco não foi editado nos EUA.
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Como referenciar
Porto Editora – John Cale na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-05 09:50:29]. Disponível em
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