Quarenta árvores em discurso directo

António Bagão Félix

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

2 min

John Frankenheimer
favoritos

Realizador norte-americano, John Michael Frankenheimer nasceu a 19 de fevereiro de 1930, em Nova Iorque. Foi educado no bairro de Queens, sempre com o sonho de se tornar um dia tenista profissional. Apaixonado pelo cinema, não abandonou esse amor quando foi incorporado na Força Aérea, já que concorreu a um lugar na equipa de filmagens da aeronáutica militar. Em 1953, entrou para os quadros da estação televisiva CBS, onde trabalhou como operador de câmara e assistente de realização. Pouco tardou a estrear-se na realização, assumindo a direção de alguns episódios da série televisiva You Are There (1953). O seu início no cinema não fui muito auspicioso: The Young Stranger (1957) foi um filme de série B baseado numa história de delinquência juvenil. Desiludido com o resultado final da película, regressou à televisão, onde se tornou um diretor notabilizado por dirigir programas ao vivo. Foi por intermédio de Burt Lancaster que o realizador voltou ao cinema, não resistindo ao pedido do ator para o dirigir em Young Savages (1961), um melodrama urbano sobre um procurador obcecado em levar gangs de delinquentes à Justiça. Voltou a trabalhar com Lancaster no seu filme seguinte, Birdman of Alcatraz (O Homem de Alcatraz, 1962), uma biografia verídica de um criminoso que, no decorrer da sua pena na prisão de Alcatraz, se torna num eminente ornitólogo. Em seguida, rodou o seu título mais emblemático, The Manchurian Candidate (O Enviado da Manchúria, 1962), um thriller centrado na teoria de uma conspiração levada a cabo por um grupo de políticos influentes de esquerda cujo principal objetivo é o de ocupar a cadeira da presidência dos Estados Unidos. O filme levantou muita controvérsia e foi retirado de circulação, aquando do assassinato de John Kennedy. Frankenheimer voltou à carga com Seven Days in May (Sete Dias em maio, 1964), um filme de espionagem cujo argumento gira em torno de uma grave crise económica nos EUA provocada pelo encerramento de fábricas de armamento decorrente da assinatura de um tratado de paz com a URSS. O filme, apesar de polémico, foi bem recebido pela crítica e pelo público, facto que muito se deveu às boas prestações de atores consagrados como Kirk Douglas, Burt Lancaster, Frederic March e Ava Gardner. Procurou depois diversificar o seu trabalho: experimentou o terror, em Seconds (1966), o drama histórico, em The Fixer (O Homem de Kiev, 1968), e o filme de ação, em Black Sunday (Domingo Negro, 1977). A sua filmografia subsequente foi menos feliz, tendo sido abalada por vários insucessos comerciais como The Island of Dr. Moreau (A Ilha do Dr. Moreau, 1996) cujas rodagens ficaram célebres pelos diversos confrontos verbais entre o realizador e o ator Val Kilmer. Faleceu em Los Angeles a 6 de julho de 2002, devido a complicações cardíacas pós-operatórias, quando ultimava a produção da sua última obra: o telefilme Path to War (2002).
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – John Frankenheimer na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-25 04:52:49]. Disponível em

Quarenta árvores em discurso directo

António Bagão Félix

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto