Quarenta árvores em discurso directo

António Bagão Félix

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

2 min

Jonathan Demme
favoritos

Produtor e realizador norte-americano, Jonathan Demme nasceu no bairro nova-iorquino de Baldwin, a 22 de fevereiro de 1944. Ainda criança, mudou-se com os seus pais para Miami, onde, anos mais tarde, ingressou no curso de Química da Universidade da Florida. Porém, descurou os estudos em detrimento da sua função de crítico cinematográfico no jornal universitário. Em 1966, abandonou a Força Aérea e voltou para Nova Iorque onde conheceu o produtor Joe E. Levine, que o convidou para trabalhar como publicitário da United Artists. Trabalhou ainda como crítico de cinema na revista Film Daily e chegou a produzir anúncios publicitários televisivos. Convidado por Roger Corman para trabalhar em Londres, teve a sua oportunidade no meio cinematográfico, ao exercer a função de coordenador musical no filme Sudden Terror (A Testemunha, 1970). Com o apoio de Corman, tornou-se também argumentista, assinando os guiões e a produção de Angels Hard as They Come (Os Anjos da Vingança, 1971) e The Hot Box (1972). Não demorou a sua estreia no campo da realização: Caged Heat (Gaiola das Tormentas, 1974), um filme sobre uma prisão feminina que passou quase despercebido nos circuitos comerciais. Seguiram-se outros filmes de baixo orçamento como Crazy Mama (1975), o western Fighting Mad (O Vingador das Estradas, 1976), Handle With Care (A Banda do Cidadão, 1977) e o thriller The Last Embrace (O Último Abraço, 1979). O seu primeiro filme com alguma repercussão foi a comédia biográfica Melvin and Howard (Melvin e Howard, 1980), sobre Howard Hughes, que venceu dois Óscares, nas categorias de Melhor Atriz Secundária (Mary Steenburgen) e Melhor Argumento Original. Seguiu-se a acidentada comédia Swing Shift (Amor em Perigo, 1983), em que as constantes e violentas discussões com a protagonista e coprodutora Goldie Hawn levaram à génese de um filme confuso e inconstante. Demme filmou, em seguida, um excelente documentário sobre David Byrne e os Talking Heads intitulado Stop Making Sense (1984). Enveredou posteriormente pelo trilho das comédias, assinando dois êxitos consecutivos: Something Wild (Selvagem e Perigosa, 1986) e Married to the Mob (Viúva Mas Não Muito, 1988). Mas o seu maior sucesso crítico e comercial foi, sem dúvida, o thriller The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Inocentes, 1991), protagonizado por Jodie Foster e Anthony Hopkins, premiado com cinco Óscares da Academia, um dos quais o de Melhor Realizador. Seguiu-se a primeira e corajosa tentativa de abordar cinematograficamente a temática da SIDA, Philadelphia (Filadélfia, 1993), que valeu a Tom Hanks o Óscar para Melhor Ator. Colaborou de perto com Bruce Springsteen, tendo dirigido os clips musicais de Streets of Philadelphia (1993) e Murder Incorporated (1995). Entre 1993 e 1998, produziu e realizou alguns documentários, tendo regressado às longas-metragens de ficção com a adaptação do premiado romance de Toni Morrisson, Beloved (Amada, 1998), sobre uma mulher negra (Oprah Winfrey) que vence a escravatura para se estabelecer como mulher livre no Ohio. O filme foi um estrondoso fracasso de bilheteira que beliscou o prestígio de Demme.
Pormenor do cartaz de "The Silence of the Lambs" (O Silêncio dos Inocentes), um filme realizado por Jonathan Demme, em 1991
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Jonathan Demme na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-28 23:46:09]. Disponível em
Outros artigos
ver+
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Jonathan Demme na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-28 23:46:09]. Disponível em

Quarenta árvores em discurso directo

António Bagão Félix

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto