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Jorge de Aguiar
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Poeta palaciano, viveu entre os séculos XV e XVI. Participa no famoso debate que inicia o Cancioneiro Geral, a questão do "Cuidar e Sospirar", como advogado do "cuidar". O conjunto de composições individuais reunidas na coletânea, reiterando os temas e fórmulas da poética do amor cortês cancioneiril, apresenta como singularidade a recorrência de situações de desdobramento do eu, expressão de um sujeito poético que se debate entre sentimentos opostos ou inimigos de si:
"Pesares, nojos, tristezas / nam vos temo" (II, p.27), "Coraçam, já repousavas, / já nam tinhas sojeiçam / já vivias, já folgavas, / pois porque te sogigavas / outra vez, meu coraçam?" (II, p. 27), "Amores, desd' hoje mais / nam me conteis / por vosso nem me queirais. / Nam quero nojos que dais / nem quero vossas mercês." (III, p. 176). Da participação em composições conjuntas, avulta sobretudo a ajuda em motes e propósitos de louvor amoroso, ao lado de João Afonso d'Aveiro, Fernão da Silveira, do Conde Borba, de Pedr'Homem, e a intervenção numa composição de tema jocoso antiamor cortês, o "Despedimento dos servi- / dores da Senhora Dona / Lianor Mazcarenhas" (III, 300).
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Como referenciar
Porto Editora – Jorge de Aguiar na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 02:29:52]. Disponível em

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