José Maria Caldeira do Casal Ribeiro

Nascido em Lisboa a 18 de abril de 1825, era filho de D. Maria Henriqueta Gomes Ribeiro e de José Vicente Caldeira do Casal Ribeiro, desembargador e fidalgo da Casa Real.
Casou com D. Maria da Conceição Quintela Emaús, pertencente à Ordem das Damas Nobres de Espanha, em 1850.
Estudou em Coimbra, de 1843 a 1848, tendo participado na Junta Revolucionária da revolta da Maria da Fonte. Publicou libelos de convicção democrática, como Hoje não é ontem, O Soldado e o Povo (1848) e A imprensa e o Conde de Tomar (1850).
Acabado o curso retornou a Lisboa, fundou o jornal A Civilização, deu a sua colaboração no Ateneu, foi deputado no regime do Marechal Saldanha, em 1851, 1852 e 1856. Opôs-se à política do marquês de Loulé, e teve assento no parlamento de 1859 a 1868. Foi em 1859 também eleito ministro da Fazenda, dadas as suas qualidades inatas como financeiro.
Foi igualmente ministro dos Negócios Estrangeiros em 1860, assim como das Obras Públicas, inclusivamente depois de se tornar presidente Martens Ferrão.
Foi ministro de Portugal em Paris, até maio de 1870, data da caída do ministério do duque de Loulé. Nesta altura foi-lhe outorgado o título de conde de Casal Ribeiro por D. Luís, com a validade de duas vidas, e em 1872 tornou-se conselheiro de Estado, tendo desempenhado também, e até falecer, a função de ministro de Portugal em Madrid.
Em 1860 fundou uma escola para raparigas, tendo oferecido um donativo a uma outra, em 1859.
Acabou por falecer em Madrid, a 14 de junho de 1828. Escreveu, além dos libelos citados, Hoje não é Ontem (1848), Carta ao Presidente da Associação Promotora da Educação Popular (1859), Parecer da Maioria da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, acerca das Congregações Religiosas e do Ensino (1862), Discurso sobre a Questão das Irmãs da Caridade (1862) e Rome et L´Europe (1864).