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Juan Trippe
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Aviador e empresário de aviação civil, nascido a 27 de junho de 1899, em Sea Bright, Nova Jérsia, e falecido a 3 de abril de 1981, em Nova Iorque. O interesse na aviação surgiu aos 18 anos quando começou a ter aulas de pilotagem em Miami. Ainda em 1917, deixou a Universidade de Yale para se tornar piloto de bombardeiros na Marinha. Nunca entrou em ações de combate mas ficou tão atraído pelos aviões que no regresso a Yale fundou o primeiro clube de aviação da instituição.

Depois de se ter licenciado em Yale, em 1921, Trippe tentou fazer carreira em Wall Street, mas a paixão pela aviação levou a que começasse a engendrar planos para criar uma nova companhia aérea. Auxiliado por amigos ricos e depois de algumas pequenas experiências na área da aviação, Trippe fundou em 1927 a Pan American Airways, companhia baseada em Nova Iorque que se dedicava a voos para o estrangeiro. As suas ligações às elites políticas permitiram-lhe conquistar as rotas das Caraíbas dos correios norte-americanos.

No ano seguinte, convenceu o famoso piloto Charles Lindbergh para trabalhar na sua companhia, nomeadamente para traçar novas rotas, algo que fizeram em conjunto no início da década de 30.
Em 1934, Trippe anunciou que a Pan Am pretendia conquistar o Pacífico, isto numa altura em que se julgava impossível a um avião comercial cruzar o oceano por não haver locais onde pudesse fazer escala e reabastecer. Trippe enviou um navio para a Ilha Wake, no meio do Pacífico, onde em nove meses construiu um aeroporto, que permitiu aos aviões da Pan Am atravessar o oceano. Com isso, ganhou também o transporte do correio norte-americano para o Extremo Oriente.
Em 1945, a sua companhia foi a responsável pela introdução da classe turística, com preço a menos metade do usual, algo que de início não foi bem aceite pela concorrência. Em 1947, tornou-se a primeira a fazer serviço à volta do Mundo.

No início da década de 50 as construtoras de aviões não se mostravam interessadas em fabricar aparelhos a jato, por considerar que estes eram muito dispendiosos em termos de combustível, o que contrariava as ideias de Trippe. Este desafiou a Boeing e a Douglas a fazer novos aviões a jato e acabou por conseguir o Boeing 707, que entrou ao serviço em 1955. Depressa chegou aos 90% de ocupação na sua frota de jatos.

Trippe considerava que voar não deveria ser um privilégio apenas dos mais ricos e quis pôr os aviões ao serviço de muita gente. No início da década de 60, as viagens aéreas já eram tão populares que muitos aeroportos não conseguiam dar vazão à enorme quantidade de voos. Convenceu então a Boeing a construir o enorme 747, o que quase levou esta empresa à falência. Mas o avião acabou por revelar-se um sucesso, até porque as companhias concorrentes das de Trippe também tiveram de comprar o aparelho.
Juan Trippe reformou-se em 1968, numa altura em que a Pan Am tinha voos para 85 países, e viria a morrer a 3 de abril em 1981, em Nova Iorque, depois de ter sido o responsável pelo desenvolvimento da indústria das companhias aéreas. A Pan Am faliu dez anos mais tarde, muito afetada pela crise petrolífera dos anos 70, não tendo conseguido rentabilizar a enorme frota de 747 entretanto adquirida.

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Como referenciar
Porto Editora – Juan Trippe na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-15 23:31:59]. Disponível em

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