Júlio Brandão
Escritor e poeta português, Júlio Brandão nasceu em 1869, no concelho de Vila Nova de Famalicão, tendo ido viver, já na juventude, para a cidade do Porto onde fez o curso liceal.
Dedicando-se ao jornalismo, foi exercendo, ao longo da vida, atividades complementares ao seu trabalho intelectual.
Poeta simbolista, o autor respeita as regras desta estética literária, nomeadamente no que respeita à "liberdade do ritmo", ao recurso ao verso alexandrino (12 sílabas métricas), à diversidade estrófica, às aliterações, à rima rica, à diversidade e riqueza vocabular, refletindo a sua produção poética preocupações estéticas e formais, próprias da geração literária em que se enquadra.
Prestigiado no meio literário, Júlio Brandão teve uma participação importante nos periódicos veiculadores da estética simbolista.
A publicação de O Livro de Aglaís, em 1892, desencadeou uma profunda polémica nos circuitos literários, fundamentalmente devido ao uso do verso alexandrino e à temática. Desenvolvendo opiniões favoráveis e desfavoráveis a Júlio Brandão, esta tertúlia vai originar um conjunto de posições de que destacamos a de Trindade Coelho: "livro que me dá, entre os seus camaradas, a fresca, viçosa e perfumada sensação de um lírio em jarra de oiro, nesse livro que é um encanto, um mimo de simplicidade e de ternura, sentido com vivo afeto e executado com uma arte refinadíssima, aí o amor humano abre à luz do sol?".
Sendo também um contista conceituado, a sua obra narrativa é caracterizada por descrições plásticas associadas a uma harmonia formal perfeita, refletindo a influência simultânea das estéticas naturalista e parnasiana. É disto exemplo o seu livro Farmácia Pires que nos fala do Porto burguês, das festividades populares associadas à cidade, dos passeios dominicais que fazem parte dos hábitos desta cidade e das suas mundanidades.
Em 1899, em colaboração com Raul Brandão, escreve o texto dramático A Noite de Natal, que foi representado, no mesmo ano, no Teatro D. Maria II, em Lisboa.
Editou entre outros, os seguintes títulos: Os Nefelibatas, 1891 (em coautoria com Raul Brandão e Justino de Montalvão); O Livro de Aglaís - 1892; Saudades - 1893; O Jardim da Morte e Mistério da Rosa - 1898; Nuvem de Oiro - 1912; Cantares - 1920; Farmácia Pires - conto; O Moço Frade dos Mitos; O Sonho do Capucho; Mendigos; Por Causa de um Cravo Branco.
Júlio Brandão faleceu em 1947.
Dedicando-se ao jornalismo, foi exercendo, ao longo da vida, atividades complementares ao seu trabalho intelectual.
Poeta simbolista, o autor respeita as regras desta estética literária, nomeadamente no que respeita à "liberdade do ritmo", ao recurso ao verso alexandrino (12 sílabas métricas), à diversidade estrófica, às aliterações, à rima rica, à diversidade e riqueza vocabular, refletindo a sua produção poética preocupações estéticas e formais, próprias da geração literária em que se enquadra.
Prestigiado no meio literário, Júlio Brandão teve uma participação importante nos periódicos veiculadores da estética simbolista.
A publicação de O Livro de Aglaís, em 1892, desencadeou uma profunda polémica nos circuitos literários, fundamentalmente devido ao uso do verso alexandrino e à temática. Desenvolvendo opiniões favoráveis e desfavoráveis a Júlio Brandão, esta tertúlia vai originar um conjunto de posições de que destacamos a de Trindade Coelho: "livro que me dá, entre os seus camaradas, a fresca, viçosa e perfumada sensação de um lírio em jarra de oiro, nesse livro que é um encanto, um mimo de simplicidade e de ternura, sentido com vivo afeto e executado com uma arte refinadíssima, aí o amor humano abre à luz do sol?".
Sendo também um contista conceituado, a sua obra narrativa é caracterizada por descrições plásticas associadas a uma harmonia formal perfeita, refletindo a influência simultânea das estéticas naturalista e parnasiana. É disto exemplo o seu livro Farmácia Pires que nos fala do Porto burguês, das festividades populares associadas à cidade, dos passeios dominicais que fazem parte dos hábitos desta cidade e das suas mundanidades.
Em 1899, em colaboração com Raul Brandão, escreve o texto dramático A Noite de Natal, que foi representado, no mesmo ano, no Teatro D. Maria II, em Lisboa.
Editou entre outros, os seguintes títulos: Os Nefelibatas, 1891 (em coautoria com Raul Brandão e Justino de Montalvão); O Livro de Aglaís - 1892; Saudades - 1893; O Jardim da Morte e Mistério da Rosa - 1898; Nuvem de Oiro - 1912; Cantares - 1920; Farmácia Pires - conto; O Moço Frade dos Mitos; O Sonho do Capucho; Mendigos; Por Causa de um Cravo Branco.
Júlio Brandão faleceu em 1947.
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Como referenciar
Júlio Brandão na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$julio-brandao [visualizado em 2025-07-11 16:39:02].
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Júlio Brandão na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$julio-brandao [visualizado em 2025-07-11 16:39:02].