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A lâmpada mais antiga que se conhece é a designada lâmpada de azeite ou lamparina, cuja iluminação é produzida pelo aquecimento. Este modelo consiste no uso de um recipiente aberto, de argila ou metal, que contém azeite ou óleo e arde com o auxílio de uma mecha. A lâmpada assim constituída é a mais antiga, existindo modelos feitos com conchas ou pedras com orifícios que datam dos tempos pré-históricos.

No que diz respeito à iluminação produzida pela corrente elétrica, existem três dispositivos básicos: a lâmpada de incandescência, a lâmpada de descarga e a lâmpada de arco.

A lâmpada de incandescência desenvolveu-se a partir de 1879, com a descoberta da lâmpada de filamento de carvão, construída pelo inventor norte-americano Thomas Alva Edison. Em 1899 o químico C. Auer von Welsbach apresentou uma lâmpada de incandescência com filamento metálico que, obtido por extrusão de uma pasta à base de ósmio convertida a fieira de calibre fino, se torna incandescente. Em 1903 utilizou-se pela primeira vez o fio de tântalo obtido por meio de estiragem.

A partir de 1910 começou a impor-se o volfrâmio, após terem sido superadas as dificuldades que oferecia a sua manipulação. Foi nessa altura que as ampolas de vidro começaram a ser enchidas com um gás inerte. Com estas inovações diminui-se o consumo de corrente.

Uma lâmpada de incandescência é uma fonte de luz que consiste num filamento situado no interior de uma ampola de vidro hermeticamente fechada, na qual se faz o vácuo ou se enche com um gás inerte como o árgon, o crípton, o xénon ou uma mistura de árgon e azoto e que, por efeito da corrente elétrica, se torna incandescente. O filamento é feito normalmente de volfrâmio e mais raramente de ósmio, tântalo ou grafite. Este filamento encontra-se em geral enrolado em espiral, que pode apresentar-se simples ou dupla.

As lâmpadas de incandescência são geralmente fabricadas com casquilho roscado (rosca de Edison) e cobrem uma gama de potência que vai dos 15 W (Watt) aos 2000 W. A sua vida média de funcionamento é de cerca de 1000 horas.

A lâmpada de descarga ou fluorescente é aquela em que a energia luminosa é obtida pela descarga elétrica no seio de um gás, produzindo-se a chamada luz fria.

A lâmpada, cheia com um gás apropriado, possui elétrodos, entre os quais se estabelece uma corrente de eletrões e iões, a qual passa através dos restantes átomos de gás não ionizados. Em consequência dos choques entre os eletrões e os átomos de gás, estes resultam excitados emitindo radiações luminosas com um espetro característico.

Estes dispositivos podem ser de vários tipos, entre os quais: as lâmpadas de alta tensão, vulgarmente conhecidas por lâmpadas de néon, que se encontram cheias de um gás nobre; as de vapor de mercúrio; as de monóxido de carbono e as de vapor de mercúrio ou sódio. Existem ainda as lâmpadas fluorescentes, que sendo igualmente lâmpadas de descarga, produzem uma radiação que vai incidir sobre determinados compostos químicos que recobrem o interior do tubo provocando a sua fluorescência.

As lâmpadas de descarga são insubstituíveis nas técnicas modernas de iluminação, sendo bastante utilizadas.

Por fim, a lâmpada de arco é aquela cujo princípio de funcionamento é o arco elétrico. Uma corrente elétrica percorre o intervalo entre dois elétrodos de carbono, mantidos com uma diferença de potencial elevada. A corrente é transportada por eletrões e iões do vapor produzido pelos elétrodos, sendo necessário um mecanismo para manter os elétrodos próximos um do outro, quando estes se estão a vaporizar. O dispositivo produz luz branca intensa.

A sua eficiência luminosa é baixa e o seu custo elevado. Por estas razões procura-se substituir a lâmpada de arco, sempre que possível, por lâmpadas de incandescência ou por lâmpadas de descarga de gases. Contudo, quando se necessita de um foco de luz pontual, de grande intensidade luminosa, tal como acontece nos projetores de cinema, estas lâmpadas são ainda muito utilizadas.
 

Lâmpadas fluorescentes
Efeito de incandescência
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Como referenciar
Porto Editora – lâmpada na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-24 08:35:09]. Disponível em

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