Leão IX
Papa francês, Bruno era bispo de Toul e filho do conde alsaciano de Egisgheim e de Dagsbourg, Hugo. Nasceu a 21 de junho de 1002, e foi designado sucessor de Dâmaso II pelo imperador Henrique III. Esta escolha, feita pelo imperador a pedido dos romanos, reflete o costume que Henrique III tinha vindo a seguir de nomear para a cátedra de São Pedro personagens com elevados padrões morais e religiosos.
Eleito em dezembro de 1048, aclamado unanimemente em Roma e consagrado em fevereiro de 1049, este papa destacou-se por impulsionar decisivamente a reforma da Igreja. Para este fim criou um grupo de reformadores, constituído por Frederico da Lorena, Hugo o Branco, Pedro Damião, Humberto de Moyenmoutier e São Hugo de Cluny. Colocou igualmente o monge Hildebrando na chefia da administração romana, depois de o ordenar diácono.
A simonia (troca de dinheiro por favores eclesiásticos) foi severamente condenada, assim como o não cumprimento do preceito da castidade. Para consolidar o poder de Roma, o papa deslocou-se a inúmeras localidades (como Benevento, Amalfi, Toul, Aquisgrão, Borgonha, Lorena, e Colónia) e presidiu diversos sínodos (como o de Pavia, em maio de 1049, o de Reims, em outubro do mesmo ano, e o de Augsburgo, em fevereiro de 1051) e assembleias.
Leão IX viu-se obrigado a refutar a tese de Berengário de Tours, um herege que defendia a presença de Cristo em espírito, e não em matéria, na Eucaristia. Realizou-se um sínodo em São João de Latrão, no ano de 1050, que declarou esta posição herética, tendo Berengário sido obrigado a curvar-se perante esta decisão.
O papa foi preso em julho de 1053, no decurso da guerra contra os mercenários rebeldes normandos, tendo sido obrigado a assinar um contrato de reconhecimento do principado normando de Itália.
Esta intervenção do pontífice romano descontentou o patriarca de Bizâncio porque significava a supremacia de Roma nas igrejas do Sul de Itália. Assim, a Igreja Ocidental foi acusada de alterações à doutrina, como a ingestão de animais afogados, o jejum ao Sábado e o uso de pão ázimo na Eucaristia.
Foi então enviada uma delegação papal a Constantinopla para a resolução do problema, mas acabou por se retirar em julho de 1054, deixando uma bula de excomunhão (apesar de Leão já ter falecido).
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