1 min
Lenda da Dona Branca ou da tomada de Silves aos Mouros
Em Silves, reinava o mouro Ben-Afan. Um dia, no intervalo das suas lutas contra os cristãos, teve um sonho extraordinário. Na verdade o sonho começou por ser um pesadelo, com tempestades e vampiros, mas transformou-se numa visão de anjos, música e perfumes. Terminou com o rosto de uma mulher, divinamente bela, com uma cruz ao peito.
No dia seguinte, Ben-Afan procurou a fada Alina, sua conselheira, que lhe revelou que tinha sido ela própria a enviar-lhe o sonho. Este significava que a sua vida iria mudar. Deu-lhe então dois ramos, um de flor de murta e outro de louro, significando respetivamente o amor e a glória. Consoante os ramos murchassem ou florissem, assim o rei deveria seguir as respetivas indicações.
Enviou-o ao Mosteiro de Lorvão e disse-lhe que lá o esperava a mulher da sua vida: Branca, princesa de Portugal. Ben-Afan entrou no mosteiro disfarçado de eremita. Ambos ficaram apaixonados quando se viram.
O rei mouro voltou ao seu castelo e preparou os guerreiros para o rapto da princesa, prontamente executado. Branca de Portugal e Ben-Afan viveram então a sua paixão sem limites, esquecidos do mundo e do tempo. O ramo de murta mantinha-se viçoso.
Um dia, D. Afonso III, pai de Branca, cercou a cidade de Silves e Ben-Afan morreu na batalha que se seguiu. Nas suas mãos foram encontrados um ramo de murta, murcho, e um ramo de louro, viçoso.
No dia seguinte, Ben-Afan procurou a fada Alina, sua conselheira, que lhe revelou que tinha sido ela própria a enviar-lhe o sonho. Este significava que a sua vida iria mudar. Deu-lhe então dois ramos, um de flor de murta e outro de louro, significando respetivamente o amor e a glória. Consoante os ramos murchassem ou florissem, assim o rei deveria seguir as respetivas indicações.
Enviou-o ao Mosteiro de Lorvão e disse-lhe que lá o esperava a mulher da sua vida: Branca, princesa de Portugal. Ben-Afan entrou no mosteiro disfarçado de eremita. Ambos ficaram apaixonados quando se viram.
O rei mouro voltou ao seu castelo e preparou os guerreiros para o rapto da princesa, prontamente executado. Branca de Portugal e Ben-Afan viveram então a sua paixão sem limites, esquecidos do mundo e do tempo. O ramo de murta mantinha-se viçoso.
Um dia, D. Afonso III, pai de Branca, cercou a cidade de Silves e Ben-Afan morreu na batalha que se seguiu. Nas suas mãos foram encontrados um ramo de murta, murcho, e um ramo de louro, viçoso.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Lenda da Dona Branca ou da tomada de Silves aos Mouros na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 18:06:15]. Disponível em
Outros artigos
-
D. Afonso IIIQuinto rei de Portugal (1245-1279), "o Bolonhês" nasceu provavelmente em Coimbra, a 5 de maio de 121...
-
PortugalGeografia País do Sudoeste da Europa. Situado na parte ocidental da Península Ibérica, abrange uma s...
-
Lenda do Rei ArturA lenda do Rei Artur associa o imaginário celta e cristão numa série de episódios místicos, mágicos
-
Lenda das Cruzes de BarcelosNa era de 1500, viviam em Barcelos um sapateiro, João Pires, e um fidalgo, D. Pedro Martins. João Pi
-
Beatriz e o MouroEm tempos que já lá vão, no Castelo de Almourol, vivia D. Ramiro, um nobre godo, com a sua mulher e
-
Lenda da AtlântidaO mito da Atlântida baseia-se, desde o princípio dos tempos, na existência de uma ilha chamada Atlân
-
As Unhas do DiaboEm tempos que já lá vão, morreu um célebre escrivão que vivia em Ponte de Lima. O escrivão não era m
-
O Senhor do Galo de Barcelos e o Milagre do EnforcadoUma das várias versões da lenda do galo de Barcelos está relacionada com um crime cometido em Barcel
-
Lenda do Bálsamo na MãoNa freguesia de Chapim, concelho de Macedo de Cavaleiros, existiu outrora um rei mouro que exercia o
-
Lenda do Cativo de BelmonteEsta é a história de Manuel, um corajoso soldado nascido em Belmonte que combateu com ardor os muçul
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Lenda da Dona Branca ou da tomada de Silves aos Mouros na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 18:06:15]. Disponível em