Lenine (músico)
Compositor, cantor, instrumentista e produtor, Osvaldo Lenine Macedo Pimentel nasceu no dia 2 de fevereiro de 1959, no Recife, Brasil. Habituado a ouvir discos rock internacionais e encontrando algumas dificuldades em consegui-los, montou a loja Wave, um pequeno espaço de venda de discos. A experiência na loja acabou por pô-lo em contacto, além das mais relevantes edições internacionais, com a música brasileira. Com 18 anos, muda-se para o Rio de Janeiro, por ocasião do nascimento do seu primeiro filho. Fixando residência na capital carioca, decide apostar numa carreira musical. Por esta altura, Lenine já tocava guitarra e entretinha-se a compor algumas canções. Participando em alguns festivais locais, com músicas de sua autoria, haveria de chamar a atenção das editoras e gravaria o primeiro álbum em 1983, em parceria com outro compositor pernambucano, Lula Queiroga. Era a primeira aventura discográfica de Lenine e lançavam-se as sementes de um percurso sólido. Nos anos seguintes, o músico dedicou-se ao aprimoramento da sua técnica e à atividade de palco, solidificando o seu nome no seio da música brasileira. O regresso ao estúdio aconteceu apenas em 1992, para editar um álbum conjunto com Marcos Suzano, um percussionista carioca. O disco foi o corolário de uma parceria artística que ambos haviam ensaiado em palco em diversas ocasiões. Com maior impacto comercial no exterior do Brasil, Olhos de Peixe só mereceria distribuição massiva no mercado brasileiro alguns anos mais tarde, depois do nome de Lenine ganhar outra expressão mediática. Ainda antes da primeira edição discográfica a título próprio, o estatuto de Lenine estava já firmado junto da comunidade artística. Nesta fase, Lenine já escrevia para outros músicos brasileiros.
O dia em que faremos contacto, primeiro registo individual de Lenine, chegava aos escaparates em 1997. Gravado nos estúdios de Peter Gabriel e registando forte influência das sonoridades nordestinas, o disco mostrava Lenine nas várias dimensões do seu talento: compositor, cantor e instrumentista. A faixa "A Ponte" seria agraciada com o Prémio Sharp desse ano, na categoria de melhor canção. Além desse prémio, Lenine seria também distinguido na categoria de Revelação. No ano seguinte, juntou-se a Chico César, Paulinho Moska, Zeca Baleiro e Marcos Suzano para o projeto 5 no Palco. O projeto não duraria mais do que um ano mas seria suficiente para catapultá-lo para a primeira linha da moderna música brasileira, por força das magníficas atuações.
Em 1999, depois de uma extensa digressão em território brasileiro, Lenine atua no Cité de La Musique, em Paris, chamando a atenção dos melómanos franceses para a sua música. No mesmo ano, edita o segundo trabalho a solo, mostrando um som mais rico e diverso, repassando géneros típicos como o maracatu, o xote, o samba, o rap, o jungle, o xaxado e o trip hop. Ao mesmo tempo, as suas letras tornavam-se uma referência, ao jeito de crónicas do Brasil de fim de milénio. O título registaria um sucesso comercial assinalável, estabelecendo definitivamente Lenine como uma das figuras de proa da MPB. Os convites para digressões não pararam mais, levando-o novamente a França e aos principais palcos brasileiros. Depois de dirigir musicalmente o musical Cambaio, de Edu Lobo e Chico Buarque, em 2000, viria o momento de consagração comercial de Lenine. Falange Canibal, editado em 2002, dar-lhe-ia o Grammy Latino para o Melhor Álbum Pop. Em 2004, participou do projeto Carte Blanche, em Paris, e os espetáculos viriam a dar lugar a uma edição fonográfica, o primeiro disco ao vivo do seu percurso, só com músicas inéditas. A acompanhar a edição, um DVD com os principais êxitos do músico. Dois anos mais tarde, juntaria o seu nome à coleção MTV Acústico.
Discografia
1983, Baque Solto (com Lula Queiroga)
1992, Olho de Peixe (com Marcos Suzano)
1997, O Dia em que Faremos Contato
1999, Na Pressão
2001, Falange Canibal
2004, In Cité
2006, Acústico MTV
O dia em que faremos contacto, primeiro registo individual de Lenine, chegava aos escaparates em 1997. Gravado nos estúdios de Peter Gabriel e registando forte influência das sonoridades nordestinas, o disco mostrava Lenine nas várias dimensões do seu talento: compositor, cantor e instrumentista. A faixa "A Ponte" seria agraciada com o Prémio Sharp desse ano, na categoria de melhor canção. Além desse prémio, Lenine seria também distinguido na categoria de Revelação. No ano seguinte, juntou-se a Chico César, Paulinho Moska, Zeca Baleiro e Marcos Suzano para o projeto 5 no Palco. O projeto não duraria mais do que um ano mas seria suficiente para catapultá-lo para a primeira linha da moderna música brasileira, por força das magníficas atuações.
Em 1999, depois de uma extensa digressão em território brasileiro, Lenine atua no Cité de La Musique, em Paris, chamando a atenção dos melómanos franceses para a sua música. No mesmo ano, edita o segundo trabalho a solo, mostrando um som mais rico e diverso, repassando géneros típicos como o maracatu, o xote, o samba, o rap, o jungle, o xaxado e o trip hop. Ao mesmo tempo, as suas letras tornavam-se uma referência, ao jeito de crónicas do Brasil de fim de milénio. O título registaria um sucesso comercial assinalável, estabelecendo definitivamente Lenine como uma das figuras de proa da MPB. Os convites para digressões não pararam mais, levando-o novamente a França e aos principais palcos brasileiros. Depois de dirigir musicalmente o musical Cambaio, de Edu Lobo e Chico Buarque, em 2000, viria o momento de consagração comercial de Lenine. Falange Canibal, editado em 2002, dar-lhe-ia o Grammy Latino para o Melhor Álbum Pop. Em 2004, participou do projeto Carte Blanche, em Paris, e os espetáculos viriam a dar lugar a uma edição fonográfica, o primeiro disco ao vivo do seu percurso, só com músicas inéditas. A acompanhar a edição, um DVD com os principais êxitos do músico. Dois anos mais tarde, juntaria o seu nome à coleção MTV Acústico.
Discografia
1983, Baque Solto (com Lula Queiroga)
1992, Olho de Peixe (com Marcos Suzano)
1997, O Dia em que Faremos Contato
1999, Na Pressão
2001, Falange Canibal
2004, In Cité
2006, Acústico MTV
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Como referenciar
Porto Editora – Lenine (músico) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-16 03:08:15]. Disponível em
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