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Leo McCarey
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Realizador e argumentista norte-americano, Thomas Leo McCarey nasceu a 3 de outubro de 1898, em Los Angeles, e morreu em 1969.

Em 1919, formou-se em Direito pela Universidade da Califórnia, mas não chegou a exercer a profissão em pleno. Chegou a Hollywood em 1920 pelas mãos de Tod Browning que o contratou como assistente de realização. A sua prova de fogo surgiu no ano seguinte quando assumiu sozinho a direção do filme Society Secrets (1921). Em 1923, o produtor Hal Roach, ciente das suas potencialidades, contrata-o para os seus estúdios. Inicialmente, começou por escrever textos humorísticos para estrelas da comédia como Stan Laurel e Oliver Hardy. Posteriormente, lançou-se na realização de curtas-metragens cómicas, tendo realizado entre 1924 e 1926 perto de quatro dezenas de títulos, alguns deles protagonizados por Charles Chaplin.

Em 1926, tornou-se vice-presidente dos Estúdios Hal Roach e supervisor principal da produção de comédias. Regressou à realização em 1929, tendo dirigido uma série de comédias ligeiras protagonizadas pelo popular Eddie Cantor e uma sátira burlesca encabeçada pelos irmãos Marx: Duck Soup (Os Grandes Aldrabões, 1933).

A competência cómica do realizador levou a que muitas estrelas de então requisitassem os seus préstimos: W. C. Fields em Six of a Kind (Segunda Lua de Mel, 1934), Mae West em Belle of the Nineties (1934) e Harold Lloyd em The Milky Way (Via Láctea, 1936). Ruggles of Red Gap (O Último Escravo, 1935) tornou-se um clássico do humor, liderado por Charles Laughton na pele de um mordomo que, no decorrer de um jogo de póquer, é apostado pelo seu patrão e vai parar às mãos de um comerciante de gado grosseiro.

McCarey venceu o Óscar para Melhor Realizador por The Awful Truth (Com a Verdade Me Enganas, 1937), uma comédia hilariante encabeçada pelo duo Cary Grant e Irene Dunne na pele de recém-divorciados que apostam em estilhaçar mutuamente os seus novos relacionamentos amorosos. Seguiu-se a sua primeira incursão no drama: Make Way for Tomorrow (1937), um realístico retrato de um casal de idosos com dificuldades financeiras que são ostracizados pelos filhos.

O realismo dramático do filme não impediu que o filme fosse um fracasso de bilheteira, algo que o realizador conseguiu ultrapassar devido ao capital de confiança de que granjeava entre os principais produtores de Hollywood. Tentou a tragicomédia em Love Affair (Ele e Ela, 1939) sobre um casal (interpretado por Charles Boyer e Irene Dunne) que se apaixona no decorrer de uma viagem de barco.

Com este filme, iniciou um período em que assumiu a dupla faceta de realizador e argumentista, premiada com o duplo Óscar em Going My Way (O Bom Pastor, 1944). Após a Segunda Guerra Mundial, e até à sua morte em 5 de julho de 1969, realizou somente oito filmes, entre os quais Good Sam (O Bom Samaritano, 1948) e An Affair to Remember (O Grande Amor da Minha Vida, 1957). Despediu-se com Satan Never Sleeps (O Diabo Não Dorme, 1962), um filme marcadamente anticomunista protagonizado por William Holden.

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Como referenciar
Leo McCarey na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$leo-mccarey [visualizado em 2025-06-23 23:47:36].

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