Liberato Pinto

Militar e político português, Liberato Damião Ribeiro Pinto nasceu a 29 de setembro de 1880 e falecido a 4 de setembro de 1949, em Lisboa.

Começou a sua carreira militar em 1899, ano em que assentou praça. Volvidos três anos, era já alferes, ascendendo a capitão em 1912 e atingindo como posto mais alto da sua carreira o de coronel, com o qual passou à reserva, em 1938. Fez o curso de Estado Maior, no qual obteve classificações elevadas. Passou também pelos quadros do Instituto dos Pupilos do Exército, tendo sido depois professor na Escola de Guerra. Ainda como militar, participou em campanhas em África, no Estado Maior, o que atesta o seu valor.

Foi, entre 1914 e 1921, chefe de Estado Maior da Guarda Nacional Republicana (G.N.R.), conferindo à corporação um carácter e organização mais militar, o que lhe aumentou os níveis de eficácia. Esta militarização progressiva fez da G.N.R. um enérgico instrumento dos governos na repressão, por vezes violenta, durante os momentos mais conturbados da I República.

Em 1920 foi incumbido de formar governo, abraçando também a pasta do Interior. Num ano terrível para a I República, 1920, Liberato Pinto foi o último chefe de governo dos 10 que se sucederam naquele ano socialmente turbulento e politicamente agitado. Das inúmeras greves, uma delas atingiu um impacte político de monta, a dos funcionários dos Correios e Telégrafos, na iminência de ganhar um cariz revolucionário. Com energia e dureza, Liberato Pinto conseguiu dominá-la. Não se manteve, todavia, muito tempo no governo, o que era normal na época em Portugal.

Exerceu também o cargo de docente na Escola Industrial Marquês de Pombal, até ao momento em que passou à reforma como coronel na reserva. Acabou a sua vida de forma apagada, longe do fulgor da política e dos grandes centros de decisão, vivendo como professor particular, com algumas dificuldades.