Lima Barreto
Romancista, jornalista e funcionário público brasileiro, Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu a 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro, no Brasil.
Filho de pais mestiços, Lima Barreto viveu a infância na Ilha do Governador, onde o pai, ex-tipografo da Imprensa Nacional, era almoxarife da Colónia dos Alienados. Fez os seus primeiros estudos no Liceu Popular Niteroiense e, após os estudos secundários no Colégio D. Pedro II, em 1897, matriculou-se no curso de Engenharia da Escola Politécnica, do qual saiu, em 1903, para cuidar do pai que apresentava distúrbios mentais. Para sustentar a família, trabalhou na Diretoria de Expediente da Secretaria de Guerra, altura em que surgiram as primeiras obras.
Ignorado pela crítica e vítima de preconceitos, Lima Barreto entregou-se à depressão e ao alcoolismo. Foi internado, em 1914 e em 1919, no Hospício Nacional, por problemas de álcool.
Colaborou na imprensa, tal como Correio da Manhã, Gazeta da Tarde, Jornal do Comércio e Fon-Fon. Em 1918, influenciado pela Revolução Russa, passou a militar na imprensa socialista, publicando um manifesto em defesa do comunismo no semanário ABC. Juntamente com amigos, fundou a revista Floreal, que apenas teve quatro números.
Lima Barreto publicou Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909), Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), Numa e Ninfa (1915), Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919), Bagatelas (1923), Os Bruzundangas (1923) e Histórias e Sonhos (1920). Foram publicadas postumamente ainda algumas obras, como Clara dos Anjos (1948), Outras Histórias e Contos Argelinos (1952), Coisas do Reino de Jambom (1953), Férias e Mafuás (1953), entre outras. A sua obra reflete sobre o preconceito racial e retrata a população pobre e oprimida dos subúrbios cariocas, a burguesia medíocre da época e a incompetência dos políticos no poder. Num estilo leve e fluente, próximo do discurso jornalístico, Lima Barreto utiliza propositadamente expressões da linguagem oral da época. Este tipo de escrita, que foi muito criticado, tornou-se usual, a partir de 1922, nos escritores modernistas. O escritor utilizava ainda os pseudónimos Rui de Pina, Dr. Bogoloff, S. Holmes e Phileas Fogg.
O autor candidatou-se duas vezes a membro da Academia Brasileira de Letras, tendo sido recusado por duas vezes e acabando por perder o lugar para outro escritor. Mais tarde, veio a receber uma menção honrosa por parte dessa Academia.
A 1 de novembro de 1922, Lima Barreto morreu de colapso cardíaco, no Rio de Janeiro.
Em 1993, a Rede Globo produziu a telenovela Fera Ferida, baseada na obra de Lima Barreto, assim como o filme Policarpo Quaresma - Herói do Brasil (de Paulo Thiago, 1998) foi também baseado no romance Triste Fim de Policarpo.
Filho de pais mestiços, Lima Barreto viveu a infância na Ilha do Governador, onde o pai, ex-tipografo da Imprensa Nacional, era almoxarife da Colónia dos Alienados. Fez os seus primeiros estudos no Liceu Popular Niteroiense e, após os estudos secundários no Colégio D. Pedro II, em 1897, matriculou-se no curso de Engenharia da Escola Politécnica, do qual saiu, em 1903, para cuidar do pai que apresentava distúrbios mentais. Para sustentar a família, trabalhou na Diretoria de Expediente da Secretaria de Guerra, altura em que surgiram as primeiras obras.
Ignorado pela crítica e vítima de preconceitos, Lima Barreto entregou-se à depressão e ao alcoolismo. Foi internado, em 1914 e em 1919, no Hospício Nacional, por problemas de álcool.
Colaborou na imprensa, tal como Correio da Manhã, Gazeta da Tarde, Jornal do Comércio e Fon-Fon. Em 1918, influenciado pela Revolução Russa, passou a militar na imprensa socialista, publicando um manifesto em defesa do comunismo no semanário ABC. Juntamente com amigos, fundou a revista Floreal, que apenas teve quatro números.
Lima Barreto publicou Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909), Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), Numa e Ninfa (1915), Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919), Bagatelas (1923), Os Bruzundangas (1923) e Histórias e Sonhos (1920). Foram publicadas postumamente ainda algumas obras, como Clara dos Anjos (1948), Outras Histórias e Contos Argelinos (1952), Coisas do Reino de Jambom (1953), Férias e Mafuás (1953), entre outras. A sua obra reflete sobre o preconceito racial e retrata a população pobre e oprimida dos subúrbios cariocas, a burguesia medíocre da época e a incompetência dos políticos no poder. Num estilo leve e fluente, próximo do discurso jornalístico, Lima Barreto utiliza propositadamente expressões da linguagem oral da época. Este tipo de escrita, que foi muito criticado, tornou-se usual, a partir de 1922, nos escritores modernistas. O escritor utilizava ainda os pseudónimos Rui de Pina, Dr. Bogoloff, S. Holmes e Phileas Fogg.
O autor candidatou-se duas vezes a membro da Academia Brasileira de Letras, tendo sido recusado por duas vezes e acabando por perder o lugar para outro escritor. Mais tarde, veio a receber uma menção honrosa por parte dessa Academia.
A 1 de novembro de 1922, Lima Barreto morreu de colapso cardíaco, no Rio de Janeiro.
Em 1993, a Rede Globo produziu a telenovela Fera Ferida, baseada na obra de Lima Barreto, assim como o filme Policarpo Quaresma - Herói do Brasil (de Paulo Thiago, 1998) foi também baseado no romance Triste Fim de Policarpo.
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Como referenciar
Lima Barreto na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$lima-barreto [visualizado em 2025-07-18 23:47:08].
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Lima Barreto na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$lima-barreto [visualizado em 2025-07-18 23:47:08].