magnésio

O magnésio (Mg) é um elemento químico pertencente ao grupo dos metais alcalinoterrosos, bivalente, de cor branco-prateada, leve e com brilho prateado, que se localiza no grupo 2 e período 3 da Tabela Periódica. Possui número atómico 12 e massa atómica 24,3050.
O seu nome provém da antiga região grega, a Melanésia, na Tessália, onde foi descoberto em 1808. O químico inglês Sir Humphrey Davy (1778-1829) isolou pela primeira vez o metal não puro.
Encontra-se na Natureza, na proporção de cerca de 2%, como componente de muitos minerais, dos quais os mais importantes são a dolomite (CaMg(CO₃)₂), a magnesite (MgCO₃), a serpentina, o talco, a sepiolite, o asbesto (silicatos de magnésio), a cainite (KMgClSO₄.3H₂O) e a carnalite (KMgCl₃.6H₂O). Também se encontra nas jazidas salinas e na água do mar. No mundo biológico desempenha um importante papel como ativador em muitos processos metabólicos e é um importante componente da clorofila.
O magnésio obtém-se por eletrólise do cloreto de magnésio anidro fundido ou por eletrólise de uma mistura de óxido de magnésio num banho de fluoreto de magnésio fundido. Também se pode obter por redução térmica do óxido de magnésio com ferro-silício.
O magnésio puro é um metal leve, com brilho prateado que, no ar, perde o brilho e adquire uma cor branco-mate. Queima-se emitindo uma luz branca, intensa, pelo que antigamente se utilizava como flash fotográfico e ainda hoje é usado em pirotecnia.
É solúvel em ácidos fracos e insolúvel em água.
Entre os compostos de magnésio, o óxido de magnésio (MgO) tem uma grande importância industrial. Obtém-se pela calcinação da magnesite (carbonato de magnésio). Neste processo liberta-se dióxido de carbono e fica óxido de magnésio. Pela sintetização a altas temperaturas, obtém-se azulejos e acessórios de laboratório, como tubos, crisóis, entre outros, altamente refratários.
O sulfato de magnésio (MgSO₄) costuma encontrar-se na Natureza hidratado com sete moléculas de água, formando a epsomite ou sal da figueira que se emprega como purgante.
Aproximadamente metade da produção de magnésio é utilizada na forma de ligas com o alumínio, o zinco, os metais de terras raras e o tório (por exemplo, magnálio, hidronálio, duralumínio) para fins industriais, principalmente no fabrico de aviões, projéteis e automóveis. Estas ligas não são atacadas nem pelas soluções alcalinas nem pelo ácido fluorídrico.
Na forma de metal puro usa-se no fabrico de explosivos, em sinais luminosos, em bombas incendiárias e em química orgânica, para a preparação dos compostos de Grignard (derivados organomagnesianos utilizados em sínteses químicas).